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Esses países correm mais risco de sofrer com ondas globais de calor

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Esses países correm mais risco de sofrer com ondas globais de calor - 1

Com temperaturas subindo ao redor de todo o globo, fenômenos com as ondas de calor — quando os máximos de temperatura duram vários dias seguidos — tendem a se tornar cada vez mais frequentes. Para que a humanidade se prepare para esse cenário, uma equipe de cientistas britânicos identificou quais países devem ser mais afetados, colocando nações da América Central no topo da lista.

Afeganistão, Papua Nova Guiné e a área que engloba Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica e Panamá, na América Central, foram as regiões no mundo em que as ondas de calor devem se tornar mais fortes ou frequentes. O estudo também apontou a capital chinesa de Pequim e os países europeus Alemanha, Bélgica, Luxemburgo e Holanda como especialmente vulneráveis pelo contingente populacional que estaria submetido a tais eventos.

Pequim estaria entre os locais sob o maior risco de sofrer com as ondas de calor pelo seu alto contingente populacional (Imagem: Ling Tang/Unsplash)
Pequim estaria entre os locais sob o maior risco de sofrer com as ondas de calor pelo seu alto contingente populacional (Imagem: Ling Tang/Unsplash)

Para chegar a estes resultados, os cientistas realizaram simulações com os modelos climáticos mais atuais, projetaram o crescimento da população no intervalo do estudo e ainda inseriram dados socioeconômicos para complementar a análise. Eles descrevem que “frequentemente, as regiões só estão preparadas para eventos tão extremos quanto os que eles já passaram, com seu planejamento motivado por estes desastres anteriores.”


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A equipe aponta que, no cenário atual, isso não é suficiente. “Governos e autoridades devem se preparar para eventos além dos recordes atuais — particularmente com as tendências causadas pelas mudanças climáticas, aumentando a probabilidade de eventos extremos,” alertam os cientistas em artigo publicado na revista Nature Communications.

As ondas de calor podem não somente elevar as taxas de mortalidade nos países que atingem, mas também impactar suas produções agrícolas e aumentar o risco de incêndios florestais.

A OMS aponta que pelo menos 15.000 mortes na Europa em 2022 foram decorrentes das ondas de calor (imagem: Reprodução/ESA/Copernicus)
A OMS aponta que pelo menos 15.000 mortes na Europa em 2022 foram decorrentes das ondas de calor (imagem: Reprodução/ESA/Copernicus)

Por outro lado, os pesquisadores dizem que existem saídas para diminuir o número de mortes que estes extremos climáticos podem causar. Entre as preparações que os países podem adotar está, principalmente, a adaptação de espaços urbanos para torná-los mais frescos.

“Estar preparado salva vidas,” conclui Dann Mitchell, cientista atmosférico da Universidade de Bristol e um dos responsáveis pela pesquisa.

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Fonte: Canaltech