Um instrumento comum para obtenção de dados atmosféricos, o balão meteorológico coleta dados como temperatura, pressão, umidade, e velocidade e direção dos ventos, sendo importantes para a previsão do tempo e estudos climáticos. Os balões são apenas o meio de transporte para um instrumento chamado radiossonda, que faz as medições.
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Todos os dias, são lançados quase 900 balões meteorológicos, duas vezes ao dia. Seus voos duram cerca de duas horas, durante as quais eles percorrem de 50 a 200 quilômetros do ponto de partida e sobem a até 35 quilômetros de altitude.
O balão usado na meteorologia é feito de látex, natural ou sintético, sendo preferível o uso da substância natural pela degradação mais rápida após o uso. Seu preenchimento é feito com hélio ou hidrogênio, que fazem o balão flutuar por serem mais leves que o ar. Quando lançados, os balões meteorológicos estão na faixa de 2 metros de diâmetro, mas, como a pressão diminui com a altitude, o gás se expande dentro dele e seu tamanho final chega a 6 metros.
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Um balão típico pode ser preenchido com até 6 metros cúbicos de gás hélio e seu peso final, dependendo do tamanho do balão e de seu preenchimento, pode variar de poucos gramas a 3 kg — tipicamente, eles estão na faixa de 0,5 kg. A carga carregada, por sua vez, não passa de 1 kg.
Como surgiram os balões meteorológicos
O uso do balão na meteorologia surgiu ainda no século XIX, com Gustave Hermite e Georges Besançon, em 1982. A dupla decidiu substituir as pipas usadas na época para levantar os aparelhos meteorológicos por balões para facilitar o processo e conseguir medições de maiores altitudes.
Quatro anos mais tarde, também na França, o meteorologista Léon Teisserenc de Bort foi pioneiro a empregar o instrumento em estudos diários para coletar dados atmosféricos. Ele é creditado como um dos descobridores da estratosfera e o primeiro a identificar a tropopausa, em 1902, camada em que o ar para de ficar mais frio com a altitude.
O período destas inovações e descobertas é o mesmo de outra invenção que lida com o ar: o avião. Não por acaso, Besançon foi secretário do Aeroclube da França e amigo próximo do inventor brasileiro Santos Dumont.
Onde vão parar os balões meteorológicos?
Depois de seu estouro, os resíduos dos balões e as radiossondas caem lentamente graças ao pára-quedas que compõe o conjunto lançado. Grande parte dos equipamentos é perdida, mas, caso eles caiam em áreas povoadas, eles podem conter informações para devolução às instituições responsáveis.
Somente a radiossonda precisa ser devolvida. Os resíduos do balão podem ser descartados no lixo comum. Nos Estados Unidos, estima-se que 20% das 75.000 sondas lançadas anualmente retornem ao serviço meteorológico do país.
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Fonte: Canaltech