Medições dos níveis de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera da Terra mostraram que o gás aumentou mais rápido em 2024 do que nos primeiros quatro meses de qualquer ano já registrado pelos humanos. A investigação vem do Observatório Mauna Loa, no Havaí, que registra os níveis de dióxido de carbono desde 1958, sendo o mais antigo observatório em ação do mundo.
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A pesquisa sobre o CO2 atmosférico no observatório havaiano começou com o Instituto Scripps de Oceanografia 16 anos antes da Administração Atmosférica Oceânica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) começar a tomar suas próprias medições, em 1974, se unindo desde então com a instituição para angariar dados da maneira mais precisa possível.
Apesar de seis décadas de registros serem pouca coisa na longa história da Terra, são o melhor que a ciência possui no momento, e ajudam a entender tanto os impactos da atividade humana na atmosfera quanto suas consequências para a vida no planeta.
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Dióxido de carbono em ascensão
Em reporte da última quarta-feira (5), os institutos Scripps e NOAA demonstraram que a concentração de CO2 na atmosfera cresceu mais rápido entre janeiro e abril deste ano do que em qualquer outro — contrariando, inclusive, dados recentes que mostravam um platô nas emissões de gases do efeito estufa nos últimos anos.
Um dos aspectos preocupantes do achado é que, segundo a ciência, os efeitos do aumento na presença de gases atmosféricos são sentidos dentro de, no mínimo, uma década, às vezes mais.
Isso quer dizer que os aumentos na temperatura sentidos agora vêm das queimas de combustíveis fósseis do início do século XXI — em outras palavras, as emissões atuais já estão garantindo um clima mais quente no futuro.
No último ano, o planeta passou pelo ano mais quente da história registrada, as maiores temperaturas oceânicas vistas e uma série de ondas de calor, bloqueios atmosféricos, enchentes, queimadas e tempestades.
Segundo o diretor da NOAA, Rick Spinrad, esses são sinais claros do dano feito pela poluição por dióxido de carbono no clima, o que urge ações dos humanos para diminuir as emissões o mais rápido possível. Além do CO2 estar em sua maior quantidade atmosférica já vista, seu crescimento também está na maior aceleração registrada.
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Fonte: Canaltech