O nível dos oceanos vem subindo cada vez mais rápido — pelo menos no sudeste dos Estados Unidos e no Golfo do México — indica um estudo recente da Tulane University, em Nova Orleans. A uma taxa de meia polegada por década desde 2010, a velocidade bate os recordes observados anteriormente.
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Em uma região do globo particularmente suscetível ao aumento do nível dos oceanos, pesquisadores de Nova Orleans — a mesma cidade atingida pelo Furacão Katrina, em 2005 — vêm investigando um fenômeno que pode ser desastroso para o local. Usando uma combinação de dados de desde 1900, tanto coletados em campo quanto obtidos por satélites, os cientistas puderam observar a evolução do nível dos mares e apontar possíveis causas para os aumentos.
“Estas altas taxas não têm precedentes no século 20 e são três vezes maiores que a média global no mesmo período,” afirma Sönke Dangendorf, principal autor do estudo. Uma aceleração tão alta intrigou os pesquisadores, que não puderam explicar o fenômeno a partir de fatores como o derretimento de gelo, o movimento do solo e mudanças na pressão atmosférica.
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Mergulhando nas possibilidades, os cientistas encontraram alterações em uma área do Atlântico Norte conhecida como Vórtice Subtropical. Ao longo dos últimos 12 anos, a região que abrange o litoral do Golfo do México até o do estado da Carolina do Norte, além dos mares do Caribe, vem sofrendo mudanças de densidade e circulação. A água mais quente se expande, ocupando mais espaço e aumentando o nível dos mares.
Os cientistas notam que uma parcela desse aumento está relacionada a variações climáticas periódicas, mas que se sobrepõem a ações humanas, intensificando o fenômeno. Sendo assim, é provável que as taxas de aumento no nível do oceano na região voltem a diminuir em um futuro próximo.
Isso não significa que a área está livre de preocupações. Torbjörn Törnqvist, professor da Tulane e co-autor do estudo, afirma que os estados do Texas e da Louisiana estão sob alta pressão graças a estas taxas. Os cientistas concluem que esforços colaborativos são necessários para enfrentar o desafio que as mudanças climáticas impõem.
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Fonte: Canaltech