Segundo um estudo publicado na revista Scientific Reports, sons binaurais podem atrapalhar o aprendizado, diferente do que se pensava anteriormente. Para chegar a essa descoberta, pesquisadores poloneses conduziram experimento em 920 voluntários.
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Esses participantes foram expostos a sons binaurais, música clássica ou nenhum som enquanto concluíam uma série de tarefas online envolvendo raciocínio, concentração e memória. Com base na análise dos resultados, o grupo descobriu que ouvir batidas binaurais traz efeitos reversos, então em vez de apoiar a eficácia das atividades cognitivas, pode enfraquecê-las.
No estudo, o grupo testou batidas binaurais de 15 Hz, que supostamente melhoram o foco, a memória e o aprendizado, e batidas binaurais de 5 Hz, que supostamente geram ritmos calmantes, ajudam na meditação e promovem o sono.
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Para testar um efeito placebo, alguns participantes f oram informados de que os sons melhorariam a função cerebral. Mas não importa o que os participantes ouviram ou qual das duas frequências de batidas binaurais foram atribuídas: as batidas binaurais tiveram o mesmo efeito de piorar o desempenho cognitivo, em comparação com as pontuações iniciais.
Por que sons binaurais atrapalham o aprendizado?
Diante disso, os pesquisadores levantaram algumas teorias. Segundo eles, as batidas binaurais podem interferir nas ondas cerebrais e diminuir sua frequência, de modo que a atividade cerebral seja incompatível com a tarefa a ser realizada.
No entanto, os cientistas também levantam outra possibilidade: tentar modular uma frequência de onda cerebral pode atrapalhar os processos cerebrais normais, que requerem todos os tipos de frequências para computar tarefas cognitivas.
O que ajuda no aprendizado?
No entanto, existem alguns fatores que realmente ajudam no aprendizado. Anteriormente, por exemplo, cientistas apontaram que pequenas pausas ajudam o cérebro a aprender coisas novas. O indicado é pausar antes de praticar até a exaustão ou a falha, dando tempo para o cérebro consolidar a habilidade.
No início deste ano, revelamos as formas mais eficientes de estudar para uma prova. Os pesquisadores afirmam que a releitura leva ao esquecimento rápido, e para aprender informações, é necessário o envolvimento ativo no material, ou seja, conectar-se com palestras, formar exemplos e regular o próprio aprendizado. As ideias para o estudo ativo incluem a criação de um guia de estudo por tópico, por exemplo, além de formular perguntas e problemas e escrever respostas completas.
Criar seu próprio questionário também pode ajudar no aprendizado. Outra dica é dizer as informações em voz alta com suas próprias palavras, como se você fosse o professor. Os especialistas também recomendam a criação de mapas conceituais ou diagramas que expliquem o material, algo que pode ajudar muito mais que os sons binaurais, aparentemente.
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Fonte: Canaltech