Já faz um tempo que a ciência tem se concentrado no benefício dos psicodélicos, e no último domingo (1), o estado de Oregon se consagrou como o primeiro dos EUA a legalizar o uso de psilocibina, que tem propriedades eficazes na luta contra determinadas condições de saúde mental, como depressão grave, transtorno de estresse pós-traumático e ansiedade.
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Com a nova decisão, chamada de Medida 109, fica autorizada a criação de centros de atendimento de psilocibina onde qualquer pessoa com mais de 21 anos pode consumir os cogumelos em ambiente supervisionado. Durante o efeito da droga (que pode durar até seis horas), é obrigatória a presença de alguém credenciado pelo estado.
Os programas de certificação estão abertos a qualquer pessoa com um diploma do ensino médio que tenha passado por uma verificação de antecedentes. Mas por enquanto, o licenciamento é limitado a residentes de Oregon.
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Com base nos estudos já realizados, a comunidade científica acredita que a psilocibina pode promover a neuroplasticidade, uma religação do cérebro que dá aos pacientes novas perspectivas sobre problemas psiquiátricos de longa data. Pesquisadores já chegaram a revelar que duas doses de psilocibina combinadas com terapia levaram a um declínio de 83% no consumo excessivo de álcool, por exemplo.
Psicodélicos na ciência
Ainda neste ano, cientistas apresentaram o potencial de dois parapsicodélicos contra depressão, testadas apenas em roedores: (R)-69 e (R)-70. Os experimentos indicaram resultado antidepressivo comparável aos de psicodélicos como psilocibina e DMT. Especialistas indicam que a janela de neuroplasticidade aberta pelos psicodélicos coincide temporalmente com os efeitos subjetivos em seres humanos.
Em estudo publicado em julho, pesquisadores buscaram aproveitar as qualidades antidepressivas da psilocibina, mas sem a experiência psicodélica que a substância proporciona. O período de testes será de 3 anos, e alguns cientistas suspeitavam que os efeitos psicodélicos da psilocibina seria necessário para que o benefício terapêutico existisse, mas isso nunca foi testado em laboratório.
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Fonte: Canaltech