Na última quarta-feira (1), o Instituto Butantan divulgou novas informações acerca da vacina de RNA mensageiro em desenvolvimento contra o HPV (papilomavírus humano, responsável por seis tipos de câncer, principalmente de colo do útero). Nos testes, a fórmula conseguiu induzir a produção de anticorpos e reduzir o tamanho do tumor.
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A ideia é desenvolver uma vacina de RNA mensageiro a partir de um vetor de DNA contendo genes específicos do HPV16. Por enquanto, os primeiros testes foram feitos em animais. Para produzir o imunizante, o RNA será encapsulado com nanopartículas de lipídios.
“Nós confirmamos em testes in vitro que as células respondem tanto ao DNA como ao RNA. Agora, estamos trabalhando para sintetizar e encapsular o RNA e testar diferentes formulações da vacina in vitro. Depois, vamos selecionar as melhores formulações para seguir para os testes em animais”, afirmam os pesquisadores do Butantan.
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Aetapa pré-clínica até o final de 2023 e, a partir dos resultados, buscar parcerias com outros laboratórios para viabilizar os testes clínicos.
Resposta mais ampla que as fórmulas atuais
Os imunizantes atualmente disponíveis no mercado são produzidos com a proteína L1 do vírus, específica para cada tipo de HPV. É aqui que mora a grande novidade dessa vacina em desenvolvimento, que utiliza a L2, semelhante nos diferentes tipos. A proposta é ampliar o alcance da resposta imune.
Por enquanto, há vacinas disponíveis para a população que protegem contra dois (bivalente), quatro (tetravalente) e nove tipos (nonavalente). No entanto, cerca de 40 tipos do vírus são prejudiciais ao organismo humano e 14 são considerados de alto risco para desenvolvimento de câncer.
“A sequência de aminoácidos da proteína L2 varia muito pouco entre os mais de 200 tipos de HPV já descritos. Dessa forma, o imunizante feito com essa proteína protegeria contra quase todos os tipos e subtipos do vírus, pois o sistema imune seria capaz de reconhecê-los”, concluem os responsáveis pela nova vacina contra HPV.
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Fonte: Canaltech