Especialistas já vêm destacando, há um bom tempo, os benefícios dos exercícios físicos. Mas muito se engana quem acredita que apenas o corpo pode usufruir desses impactos positivos. Acontece que a prática pode mudar a biologia do cérebro e proteger a saúde mental.
- Qual a frequência ideal de exercícios físicos na semana?
- 6 benefícios cientificamente comprovados de exercícios que envolvem força
Tudo gira em torno de uma molécula chamada fator neurotrófico derivado do cérebro, que ajuda o órgão a produzir neurônios. Exercícios aeróbicos e treinos de alta intensidade aumentam significativamente os níveis dessas moléculas, e as mudanças estão no nível epigenético, o que significa que esses comportamentos afetam a forma como os genes são expressos, levando a mudanças nas conexões e funções neuronais.
Existem, ainda, evidências dos efeitos positivos do exercício nos neurotransmissores (substâncias químicas cerebrais que enviam sinais entre os neurônios) dopamina e endorfinas, envolvidos no humor positivo e na motivação.
–
Siga o Canaltech no Twitter e seja o primeiro a saber tudo o que acontece no mundo da tecnologia.
–
Os pesquisadores da área apontam que o exercício pode até mesmo dessensibilizar as pessoas para sintomas físicos de ansiedade. Isso ocorre devido à semelhança entre os efeitos corporais do exercício e os da ansiedade, incluindo falta de ar, palpitações cardíacas e aperto no peito. As atividades físicas também reduzem a frequência cardíaca basal, levando à sinalização de um ambiente físico interno mais calmo para o cérebro.
Exercícios físicos fazem bem à saúde?
Estudos anteriores já apontaram que fazer atividade física pode alterar a ação das células imunológicas do cérebro, o que reduz a inflamação, e consequentemente protege do Alzheimer. As micróglias (um tipo de célula do sistema nervoso central que inspeciona o tecido cerebral em busca de danos ou infecções e remove detritos ou células mortas) podem ser ativadas de maneira inadequada conforme a pessoa envelhece, mas os exercícios podem reduzir a ativação microglial e melhorar função cognitiva no cérebro humano.
Além disso, exercícios físicos podem reduzir o risco de morte, conforme apontam estudos anteriores. No artigo, quem realizou duas a quatro vezes a quantidade recomendada de atividade física teve um risco 31% menor.
Trending no Canaltech:
- Cientistas encontram metais tóxicos em chocolates de marcas famosas
- 5 motivos para NÃO comprar o Fiat Fastback Audace
- James Webb revela galáxias nunca vistas antes e deixa astrônomos atônitos
- Ressaca forte | Cientistas descobrem que a culpa não é toda do exagero na bebida
- Um exoplaneta seis vezes maior que Júpiter está caindo em sua estrela
- Lançamentos da HBO Max na semana (14/12/2022)
Fonte: Canaltech