A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, nesta terça-feira (7), a autorização de uso emergencial do medicamento Evusheld contra a covid-19. Desenvolvido pela farmacêutica AstraZeneca, o remédio é composto pela junção dos anticorpos monoclonais Tixagevimabe e Cilgavimabe.
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Anteriormente, o remédio Evusheld poderia ser prescrito por profissionais da saúde em dois casos: como forma de profilaxia pré-exposição e (PrEP), após o paciente ter entrado em contato com um caso confirmado da covid-19; ou para tratamento de casos leves e moderados da infecção, mas com risco de evolução para casos graves por causa de eventuais comorbidades. A autorização de uso foi concedida em fevereiro do ano passado e permaneceu vigente por pouco mais de 12 meses.
Por que a Anvisa suspendeu autorização de uso do remédio contra covid-19?

É preciso pontuar que a decisão da Anvisa não envolve problemas relacionados com a segurança do medicamento e nem com novos efeitos adversos, até então, desconhecidos. Na verdade, as últimas evidências científicas demonstram que a medicação perdeu parte de sua eficácia diante das novas mutações do coronavírus SARS-CoV-2. Em outras palavras, não é tão eficaz contra as descendentes da variante da Ômicron quanto foi com as outras cepas.
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“De acordo com os dados apresentados pela empresa, o medicamento Evusheld demonstrou queda significativa na atividade contra as variantes de preocupação do novo coronavírus em circulação no país”, justifica a Anvisa, em nota sobre a decisão. Hoje, no Brasil, são predominantes as cepas BQ.1 (representa 77% dos novos casos) e BA.5 (15%).
Diante dessas evidências, a Diretoria Colegiada (Dicol) da agência decidiu, por unanimidade, suspender temporariamente a autorização de uso emergencial do medicamento. A medida pode ser revista caso “sejam apresentados dados que comprovem a sua eficácia contra as variantes do SARS-CoV-2 em circulação no país”, pontua a Anvisa.
Vale lembrar que a decisão da Anvisa não é inédita no mundo. Em janeiro deste ano, a agência Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, também suspendeu a autorização de uso envolvendo os anticorpos monoclonais da AstraZeneca. Na época, os agentes justificaram que a medicação apresentava menor eficácia na neutralização da cepa XBB.1.5.1, outra descendente da Ômicron, que predominava entre os casos norte-americanos da covid-19.
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Fonte: Canaltech