Com a evolução da variante Ômicron, a permanência da covid-19 como um problema de saúde e o risco da covid longa, especialistas recomendam as doses de reforço da vacina. Neste cenário, pesquisadores brasileiros demonstram o quão relevante é a terceira dose no mundo real, a partir de pequeno estudo feito na cidade de Barreiras, no interior da Bahia.
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Publicado na revista científica Journal of Medical Virology, o estudo sobre a importância da dose de reforço contra a variante Ômicron e suas descendentes foi liderado por pesquisadores da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). Apesar da descoberta, segundo os autores, mais de 80% dos infectados no levantamento não tinham tomado a terceira dose.
Inclusive, a baixa adesão à dose de reforço é comum em toda a população de Barreiras. Na época do levantamento, entre janeiro e março de 2022, apenas 46,6% dos habitantes tinham recebido a terceira dose. Quando se observa a cobertura da segunda dose, a porcentagem sobe para 92,4%. Esta tendência também é observada no macro, quando se analisa os dados do Brasil.
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Estudo que avalia a terceira dose contra a covid-19
No estudo, foram recrutados 286 pacientes que apresentavam sintomas gripais, sem confirmação prévia de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2. Todos os indivíduos forneceram amostras através de um swab (cotonete) nasal e compartilharam informações sobre o status vacinal. Uma parcela significativa também forneceu amostras de sangue.
“Queríamos saber o que determinava a suscetibilidade individual à covid-19”, explicam os autores do estudo, no artigo. “Nossos dados mostraram que o número de indivíduos infectados só foi reduzido no grupo que recebeu três doses da vacina, o que indica que a suscetibilidade dos indivíduos à variante do vírus circulante prevalente diminuiu, de fato, após a terceira dose da vacina”, acrescentam.
Nos testes feitos a partir das amostras de sangue, a equipe identificou que a resposta para esta maior proteção estava associada com a quantidade de anticorpos presentes. “Essa suscetibilidade reduzida foi baseada em uma resposta imune aumentada, com níveis mais altos de anticorpos antivirais séricos, incluindo aqueles capazes de neutralizar o vírus”, explicam.
Importância da dose de reforço
Para os cientistas, o estudo demonstra a importância das doses de reforço para conter novos casos da covid-19. Além disso, a equipe ressalta que, apesar da existência das vacinas bivalentes, os imunizantes tradicionais conseguem induzir boa proteção contra a covid-19. Agora, mais estudos devem observar o impacto de outras doses de reforço na saúde pública.
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Fonte: Canaltech