Segundo um estudo publicado no periódico Journal of Neurochemistry no último mês de abril, a falta de vitamina D pode ser um fator crucial para a esquizofrenia, por afetar o desenvolvimento dos neurônios. A condição está associada a fatores de risco tanto genéticos quanto ambientais. Embora as causas neurológicas sejam desconhecidas, a ciência já notou relação com uma mudança pronunciada na forma como o cérebro usa a dopamina, um neurotransmissor.
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Os pesquisadores apontam que baixos níveis de vitamina D materna são um potencial fator de risco para esquizofrenia durante o desenvolvimento embrionário, uma vez que afetam como os neurônios produtores de dopamina se diferenciam.
Para entender melhor essa relação, os cientistas criaram neurônios semelhantes à dopamina para replicar o processo de diferenciação que ocorre durante o desenvolvimento de um embrião.
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Usando uma técnica com falsos neurotransmissores fluorescentes, a equipe pôde então analisar as mudanças funcionais na captação e liberação pré-sináptica de dopamina na presença e ausência de vitamina D. Através desse método, foi possível descobrir que a vitamina D não só afetou a diferenciação celular, mas também a estrutura do neurônio.
Com isso, os autores do artigo acreditam que essas alterações precoces na diferenciação e função dos neurônios dopaminérgicos podem ser a origem do neurodesenvolvimento da disfunção da dopamina mais tarde em adultos que desenvolvem esquizofrenia.
O que a ciência sabe sobre esquizofrenia até agora?
A ciência já permitiu entender o que é esquizofrenia: distúrbio que tem como características surtos que levam o paciente a confundir realidade com delírios e alucinações, o que acaba por dividir sua mente em dois “mundos” que se cruzam.
Através de estudos anteriores, a comunidade científica descobriu como a esquizofrenia impacta o cérebro, o que pode ter relação com a diminuição no fluxo metabólico (produção de energia) em certas regiões cerebrais, reforçando o papel dos astrócitos como um elemento central da doença.
Como é o cérebro de uma pessoa com esquizofrenia
As pesquisas também já revelaram como é o cérebro de uma pessoa com esquizofrenia: a doença reduz a substância branca e muda sua densidade, além de estreitar a massa cinzenta em diferentes partes do córtex, camada mais superficial do cérebro. Essas alterações na substância branca estão relacionadas a sintomas psicóticos e uma capacidade menor de concentração.
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Fonte: Canaltech