A covid-19 pode ter um efeito pouco conhecido e estudado em pacientes com psoríase, segundo recentes estudos. A infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 pode reativar quadros controlados da doença inflamatória, mesmo em pessoas que foram vacinadas. Já existem algumas hipóteses que explicam a conexão entre o vírus e as lesões avermelhadas que descamam.
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Aqui, é preciso destacar que um surto de psoríase pode ter vários gatilhos e cada caso deve ser investigado individualmente. Por exemplo, estresse, alergias, frio e uso determinados medicamentos já são conhecidos por desencadear essas crises. Até mesmo outras doenças, como faringite estreptocócica, já foram associadas com a condição.
“Surtos de psoríase são relacionados com infecções bacterianas e virais, particularmente uma forma de psoríase conhecida como gutata, que é caracterizada por pequenas saliências escamosas e avermelhadas espalhadas por todo o corpo”, explica Joel Gelfand, professor da University of Pennsylvania, nos Estados Unidos, para o site WebMD.
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Relatos de caso de psoríase após a covid-19
Entre a nova leva de estudos que associam as duas doenças, está um relato de caso publicado na revista científica Cureus. No artigo, os pesquisadores do Albany Medical College (AMC), nos EUA, descrevem cinco casos de psoríase, em pacientes com idades que variam de 22 a 70 anos, poucas semanas após contraírem o vírus da covid-19. A maioria deles já estava vacinada.
Para explicar a relação, os autores comentam que a covid-19 é conhecida por sua capacidade de inflamação, levando alguns pacientes a desenvolverem um estado hiperinflamatório no corpo, o que pode afetar negativamente a psoríase — uma doença que não tem cura e tende a reaparecer em momentos oportunos. A desregulação das citocinas (proteínas que regulam a resposta imunológica) é o provável gatilho.
Apesar dos casos mencionados, a pesquisa é muito pequena e estudos complementares são necessários para entender melhor a relação entre a covid-19 e a psoríase. Outro ponto é que nem todo paciente com psoríase sofrerá com um novo surto após a infecção, já que outros fatores, ainda desconhecidos, podem estar relacionados.
Risco da covid-19 grave aumenta?
A boa notícia é que um segundo estudo, publicado na revista Journal of Cosmetic Dermatology, descobriu que pacientes com psoríase não desenvolvem obrigatoriamente casos mais graves da covid-19 do que outros indivíduos sem a condição. No entanto, é possível observar um ligeiro aumento no risco de contrair o vírus.
“Embora os pacientes com psoríase tenham maior risco de contrair infecção por SARS-CoV-2, eles não são mais suscetíveis às complicações da covid-19”, reforçam os cientistas da University of the Negev, em Israel, no artigo.
Quais são os sintomas da psoríase?
Vale observar que a psoríase pode se manifestar de diferentes formas no corpo do paciente, além de causar lesões nas articulações para além da pele, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A seguir, confira quais são as apresentações mais comuns do quadro:
- Manchas vermelhas com escamas secas, podendo ser esbranquiçadas;
- Pele ressecada e rachada, com ou sem sangramento;
- Coceira ou dor;
- Alterações na forma e na coloração das unhas;
- Inchaço e rigidez nas articulações.
Embora a condição possa se manifestar em qualquer parte do corpo, é mais comum nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo e lombar. Em caso de suspeita ou de diagnóstico confirmado, o recomendado é buscar a orientação de um dermatologista, que indicará o melhor tratamento para o controle.
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Fonte: Canaltech