Segundo um estudo publicado no periódico New England Journal of Medicine, além de resultar em menos horas de sono, o consumo de café aumenta cerca de 50% as contrações ventriculares prematuras. Embora isso não seja considerado perigoso, há algumas evidências de que pode ser um sinal de alerta em pessoas que usufrem da bebida com mais frequência.
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A pesquisa mostrou que o café tem efeitos marcantes nos níveis de atividade física, fazendo com que as pessoas se movam mais, dando, em média, 1.000 passos extras por dia. Ao mesmo tempo, a bebida reduz 36 minutos de sono. Segundo o estudo, quanto mais café os participantes bebiam, menos dormiam.
Isso fortalece uma teoria já estabelecida na comunidade científica, de que o café não te dá mais energia, mas te empresta, e o preço é pago em cansaço. Nesse novo estudo, o grupo constatou que a bebida em questão não causa contrações atriais prematuras (um tipo comum de palpitação), mas sim outro tipo de palpitação cardíaca, a contração ventricular prematura.
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Mas os próprios pesquisadores reconhecem que esses batimentos cardíacos extras ou irregulares são bastante comuns e benignos, e não são motivo de preocupação em pessoas saudáveis.
“A realidade é que o café não é totalmente bom ou totalmente ruim. Há efeitos diferentes”, reconhecem os pesquisadores. Eles ressaltam, ainda, que a pesquisa sobre café e saúde cardiovascular tem sido um tanto conflitante. Estudos já indicaram que o café pode ser prejudicial ao coração porque aumenta a pressão sanguínea, a frequência cardíaca e a adrenalina, além de aumentar os níveis de colesterol.
No entanto, outros estudos descobriram que beber xícaras de café diariamente pode realmente reduzir o risco de morrer de doença cardíaca ou derrame, o que alguns especialistas atribuem às grandes quantidades de antioxidantes e outros compostos anti-inflamatórios no café.
De qualquer forma, já ressaltamos como o café realmente afeta o corpo humano, segundo a ciência.
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Fonte: Canaltech
