A baixa libido e a disfunção erétil podem ser sinais de Alzheimer. Pelo menos, é isso o que afirma um estudo publicado na revista científica Gerontologist. O estudo se concentrou em mais de 800 homens de 56 a 68 anos, e abordou a relação entre mudanças físicas e psicológicas e a cognição.
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Conforme descreve o artigo, a pessoa com baixa satisfação sexual corre um risco maior de problemas de saúde como doenças cardiovasculares, além de outros problemas relacionados ao estresse, que podem levar justamente ao declínio cognitivo.
Enquanto isso, o estudo reitera que melhorias na satisfação sexual podem ajudar na função da memória. “Estamos mostrando que a satisfação sexual também é importante para nossa saúde e qualidade de vida em geral”, escrevem os pesquisadores.
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Logo, aumentar a avaliação e o monitoramento da função erétil como um sinal vital de saúde pode ajudar a identificar aqueles em risco de declínio cognitivo antes dos 70 anos. “Em vez de a conversa ser sobre o tratamento da disfunção erétil, devemos ver isso como um indicador importante para outros problemas de saúde e também nos concentrar em melhorar a satisfação sexual e o bem-estar geral, não apenas tratar o sintoma”, afirmam os autores.
Quais são os sinais do Alzheimer?
Anteriormente, cientistas descobriram outros sinais do Alzheimer, como a periodontite, uma infecção localizada na gengiva, que pode invadir tecidos subjacentes, como o osso da arcada dentária. Eles perceberam que a infecção oral com o patógeno levou ao aumento da produção de beta-amiloide, proteína que costuma ser associada à condição neurodegenerativa.
Em outro estudo, associaram a doença ao excesso de frutose. Este tipo de açúcar pode ser um dos responsáveis pelos acúmulos anormais de proteínas no cérebro que corroem lentamente a memória e a cognição, enquanto “matam” os neurônios.
De qualquer forma, os primeiros sinais e sintomas do Alzheimer estão associados com a memória global do indivíduo, com o acometimento cognição e, princialmente, com a perda de memória recente nas atividades do dia a dia do paciente.
Especialistas explicam que, com a evolução, a doença acaba acometendo outros domínios, como a linguagem. Nesse momento, o paciente pode apresentar tanto dificuldades para compreender quanto para se expressar. Depois, a pessoa passa a perder a orientação espacial, tem dificuldade em reconhecer objetos e já não consegue realizar atividades como antes.
O que tem sido feito para deter o Alzheimer?
Já destacamos o que a ciência tem feito rumo à cura e à prevenção do Alzheimer: atualmente, estudos se concentram em entender quais alterações precoces o Alzheimer provoca no organismo e, com isso, acelerar o diagnóstico. Para se ter uma noção, pesquisadores norte-americanos treinam uma Inteligência Artificial (IA) capaz de identificar a doença.
Pesquisas também se concentram em entender a eficácia de medicamentos já disponíveis nas farmácias contra Alzheimer, não apenas neutralizando os danos cerebrais causados, mas também melhorando a cognição. Uma opção é gemfibrozila (especialmente indicado para reduzir o colesterol) e o ácido retinoico, também conhecido como tretinoína, um derivado da vitamina A (usado para tratar várias doenças, desde acne até psoríase, uma doença autoimune).
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Fonte: Canaltech