Na quinta-feira (29), os potenciais riscos do adoçante aspartame envolvendo o câncer viralizaram, após o vazamento da possível conclusão de um relatório. Ao que tudo indica, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) — o braço de pesquisa para o câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS) — passará a classificar o produto 200 vezes mais doce que o açúcar como “possivelmente cancerígeno para humanos”.
- Aspartame: adoçante da Coca Zero pode ser cancerígeno, diz OMS
- OMS deixa de recomendar adoçantes para dietas de controle de peso
No entanto, nenhum pronunciamento oficial foi feito sobre o adoçante aspartame e o possível risco de câncer. Por outro lado, o produto é usado desde os anos 1980 na indústria de alimentos, com relativa segurança. Está presente em doces, geleias, produtos para diabéticos e alguns refrigerantes, como a Coca Zero.
Aspartame possivelmente cancerígeno — o que isso significa?
Antes de qualquer coisa, é preciso pontuar que “possivelmente” não é o mesmo que dizer: aquilo causa câncer. Dessa forma, a interpretação do termo, ainda mais antes do relatório da IARC ser oficialmente divulgado, deve ser feita com cautela.
–
Participe do GRUPO CANALTECH OFERTAS no Telegram e garanta sempre o menor preço em suas compras de produtos de tecnologia.
–
No total, a agência usa quatro expressões para se referir ao risco de um produto, agente ou atividade relacionada ao câncer:
- Grupo 1: carcinogênico para humanos;
- Grupo 2A: provavelmente cancerígeno para humanos;
- Grupo 2B: possivelmente cancerígeno para humanos;
- Grupo 3: não classificável.
“A categorização da IARC não nos diz nada sobre o nível real de risco do aspartame, porque não é isso que as categorizações da IARC significam”, afirma Kevin McConway, professor de estatística na Open University, na Inglaterra, para a BBC.
Outros produtos possivelmente cancerígenos
Para o especialista, a categoria “possivelmente” é adotada quando existem evidências “limitadas” em pessoas ou em dados de experimentos com animais sobre a relação entre determinado produto e o potencial risco de câncer. Hoje, são 322 com essa classificação no mundo, incluindo:
- Aloe vera;
- Atividade profissional de carpintaria e marcenaria;
- Combustível diesel;
- Gasolina;
- Legumes em conserva;
- Griseofulvina (medicamento antifúngico);
- Papilomavírus Humano (HPV).
“Enfatizo, porém, que a evidência de que essas substâncias podem causar câncer não é muito forte ou elas teriam sido colocadas no grupo 1 ou 2A” da lista da IARC, complementa McConway.
Ou seja: até que seja concluído que o adoçante aspartame cause câncer, serão necessárias mais pesquisas e estudos científicos acerca do seu consumo e os efeitos no organismo humano.
Trending no Canaltech:
- China desenvolve seu primeiro motor automotivo movido a amônia
- Windows Copilot já pode ser testado pelo público; saiba como
- Suposto golpe da Uber tem cobranças altas e corridas longas sem passageiro
- 10 personagens que a DC copiou da Marvel na cara-dura
- Lançamentos do Prime Video na semana (29/06/2023)
- YouTube bloqueia acesso a vídeos para quem usa adblockers
Fonte: Canaltech