A essa altura da pandemia, inúmeras instituições e empresas privadas estão colocando esforços para desenvolver uma vacina contra a COVID-19. Em alguns países, candidatas à vacina já estão inclusive sendo testadas em seres humanos. Com isso em mente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a empresa chinesa Sinovac Biotech a realizar testes para uma nova vacina no Brasil. O teste da vacina deve ser feito em 9 mil pessoas, nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, além do Distrito Federal.
- Coronavírus: potencial vacina brasileira começa a ser testada em animais
- Vacina da Pfizer contra COVID-19 mostra eficácia em teste com humanos
- Vacina da COVID-19 produzida no Brasil será distribuída em dezembro, se aprovada
Na prática, esse estudo aprovado pela Anvisa se refere a um ensaio clínico fase III duplo-cego, controlado com placebo. Acontece que a agência fez uma análise das fases anteriores de teste da vacina, antes que a autorização fosse concedida. Com isso, é possível afirmar que foram realizados estudos não-clínicos em animais, cujos resultados demonstraram que a vacina apresenta segurança aceitável. Ela é feita a partir de cepas inativadas do coronavírus.
O termo “ensaio clínico” se refere aos estudos de um novo medicamento realizados em seres humanos. A fase clínica serve para validar a relação de eficácia e da segurança do medicamento e também para definir novas indicações terapêuticas.
–
Siga no Instagram: acompanhe nossos bastidores, converse com nossa equipe, tire suas dúvidas e saiba em primeira mão as novidades que estão por vir no Canaltech.
–
Testes no Brasil
Não seriam estes os primeiros testes a serem feitos no Brasil. A Universidade de Oxford, no Reino Unido, que também estuda a produção de uma vacina, entrou no início de junho em sua terceira fase de testes clínicos. Com isso, no país, duas mil pessoas participarão dos testes, realizados com o apoio do Ministério da Saúde. Oxford chamou 18 centros de pesquisa em todo o Reino Unido para testar o produto desenvolvido, recrutando principalmente profissionais de saúde, que costumam ficar na linha de frente na luta contra o coronavírus, assim submetidos à exposição.
Enquanto isso, na corrida por uma vacina contra a COVID-19, pesquisadores do Instituto do Coração (InCor) da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP) começaram a testar em camundongos uma potencial vacina imunizante para o novo coronavírus (SARS-CoV-2).
Fonte: Canaltech