A pessoa com ansiedade usa uma parte inadequada do cérebro para controlar emoções. Essa é a afirmação de um estudo conduzido por cientistas do Donders Institute of Radboud University e publicado na revista científica Nature Communications, no último sábado (12).
- 5 hábitos contra a ansiedade comprovados cientificamente
- Ansiedade corporativa: O desafio silencioso impulsionado pela pandemia
Para chegar a essa descoberta, os pesquisadores conduziram pessoas ansiosas e não ansiosas a participar de uma situação simulada. Na prática, os voluntários precisavam ver rostos felizes e zangados e mover um joystick em direção ao rosto feliz, para longe do rosto zangado.
Depois, os participantes tiveram que fazer o inverso: mover o joystick em direção ao rosto zangado e se afastar do rosto feliz. A ideia é ilustrar o controle sobre nossa tendência automática de evitar situações negativas.
–
Canaltech no Youtube: notícias, análise de produtos, dicas, cobertura de eventos e muito mais! Assine nosso canal no YouTube, todo dia tem vídeo novo para você!
–
Decisões que exigem um ato de equilíbrio entre uma possível ameaça e uma recompensa normalmente envolvem o córtex pré-frontal. No entanto, no caso das pessoas com ansiedade, a decisão é desencadeada por uma seção diferente, no prosencéfalo.
Conforme escrevem os cientistas, isso pode explicar por que as pessoas ansiosas acham difícil escolher um comportamento alternativo e, assim, evitar situações sociais. “A desvantagem disso é que as pessoas com ansiedade nunca aprendem que as situações sociais não são tão negativas quanto pensam”, apontam os autores.
Além do cérebro: como a ansiedade afeta o corpo
Apesar de ser um ponto chave no que diz respeito ao transtorno, o cérebro não é a única parte afetada. A ansiedade pode afetar várias partes do corpo. De acordo com um estudo publicado na Frontiers in Psychiatry, o transtorno pode prejudicar o funcionamento do nervo vago, responsável por transportar informações entre o cérebro e os órgãos internos, além de reduzir a variabilidade da frequência cardíaca.
O transtorno também pode implicar em problemas de respiração e tontura. Quando sentimos ansiedade, esperamos que algo ruim pode acontecer, e o corpo reage para nos ajudar a lidar com uma situação intensa ou estressante — o que resulta em uma resposta de luta ou fuga, e o corpo aumenta a respiração, levando a falta de ar. A tontura resulta de uma redução dos níveis de dióxido de carbono no sangue, e pode se tornar uma náusea ou até um formigamento nas mãos ou nos pés.
Já um estudo da Frontiers in Systems Neuroscience diz que a ansiedade também atrapalha a digestão e gera problemas como inchaço, dor abdominal, náusea e constipação.
Trending no Canaltech:
- Instagram caiu? Usuários reclamam que não conseguem fazer login
- Elon Musk cogita trocar luta com Mark Zuckerberg por debate verbal
- Sindicato lança a “Netflix de TI” repleto de cursos gratuitos
- 10 referências e easter eggs em Thor: Amor e Trovão
- Disney+ quer acabar com compartilhamento de senhas
- OMS atualiza definição sobre o que é uma dieta saudável
Fonte: Canaltech