Os apps de encontros seguem como uma alternativa firme e forte para os solteiros, principalmente em tempos de pandemia e socialização mais difícil, mas 42% das pessoas dizem não confiar nestas soluções por medo de golpes. O maior temor é encontrar fakes, pessoas que usam fotos alheias e se passam por outras como forma de atrair interessados e até engajar em um webnamoro, brincando com os sentimentos e, muitas vezes, as carteiras dos outros.
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Essa é a principal preocupação de 61% dos entrevistados em uma pesquisa da Kaspersky, que demonstrou altas desconfianças quanto às aplicações de relacionamento. O chamado catfishing lidera o ranking de preocupações, acima do temor quanto a links e anexos maliciosos (37%) e o roubo de identidades (8%). Ao mesmo tempo, 59% dos usuários de soluções assim afirmaram já terem identificado um perfil fraudado ou com aparência de falso.
Uma das principais táticas dos golpistas nesse tipo de ambiente é o envolvimento afetivo que leva ao pedido de dinheiro. Metade das pessoas ouvidas pela empresa de segurança, entretanto, afirmaram que jamais fariam isso, enquanto outros 41% afirmaram que não dão atenção a mensagens que pareçam suspeitas. Outro sinal de alerta, para 27% dos participantes, é a recusa da contraparte em realizar uma chamada por vídeo.
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Fora do campo dos relacionamentos, há também certa desconfiança quanto ao uso dos apps em si. Entre os participantes ouvidos pela Kaspersky, 35% afirmaram temer que seus dados pessoais sejam distribuídos a partir dos apps, enquanto outros 16% afirmaram que apagaram as soluções porque buscavam mais privacidade. “Quando alguém se inscreve em um aplicativo de paquera, a pessoa está disposta a revelar informações pessoais. Esta é a fraqueza, já que não há garantia de quem está do outro lado da conversa”, explica Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil.
De acordo com o especialista, é preciso sempre manter em mente que os fraudadores estão em busca de dinheiro, dados ou identidades, sem fornecer tais elementos. Em outros casos, também podem acontecer chantagens ou perseguições a partir de fotos íntimas ou outros detalhes, então a avaliação sobre a continuidade da comunicação sempre deve ser levada em conta.
“Nestas situações, você deve se fazer imediatamente a pergunta: por que essas informações são importantes para a outra pessoa?”, comentam os terapeutas Birgitt Hölzel e Stefan Ruzas da clínica de Munique Liebling + Schatz. A principal medida de segurança, segundo eles, é manter o desconfiômetro ligado e ter cautela; caso a sensação estranha seja persistente, o ideal é interromper o contato.
A Kaspersky também recomenda que informações pessoais e de trabalho sejam mantidas ocultas em apps desse tipo. Evitar o compartilhamento de números de telefone, preferindo os mensageiros dos próprios serviços, também é um bom caminho de segurança. No celular, é bom manter uma solução de segurança ativa e atualizada, já que ela ajuda a identificar e bloquear os vetores de ataque mais comuns.
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Fonte: Canaltech