Que a pandemia trouxe inúmeros impactos para a população, já é de conhecimento geral. Mas um grupo de pesquisadores identificou mudanças no estilo de vida do brasileiro, que vão desde as atividades físicas até as refeições em geral, com direito inclusive a maior consumo de bebidas alcoólicas. A pesquisa foi realizada em conjunto pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelas universidades federais de Lavras (Ufla), Ouro Preto (Ufop) e Viçosa (UFV).
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Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores fizeram um questionários com 1.368 pessoas, realizados entre agosto e setembro de 2020. Dos participantes, 97% estavam cumprindo as medidas de distanciamento social.
O estudo apontou que a pandemia diminuiu a frequência de realização de café da manhã, lanche e almoço, por outro lado, aumentou a realização de lanches noturnos e outras refeições além das tradicionais. Os hábitos alimentares também pioraram, com aumento de consumo de pães, farináceos, refeições instantâneas e fast food. Já o consumo de frutas e vegetais decaiu.
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Além disso, a pesquisa trouxe à tona uma mudança no consumo mais frequente de bebida alcoólica, com um aumento na frequência no hábito de fumar, e no tempo de utilização de telas e dispositivos. Antes da pandemia, a média diária de seis horas e meia de exposição. Durante a pandemia, esse número subiu para dez horas por dia.
No que tange as atividades físicas, os voluntários que responderam ao questionário informaram praticar em torno de 120 minutos por semana no período pré-pandemia e o índice caiu para 80 minutos por semana com as restrições para evitar a circulação do novo coronavírus. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma prática semanal de 150 a 300 minutos.
O próximo passo nesse estudo consiste na análise de variáveis de comportamento alimentar, ganho de peso e prática de exercício físico durante a pandemia. A primeira parte da pesquisa pode ser acessada na revista Frontiers in Nutrition.
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Fonte: Canaltech