As mulheres tendem a apresentar mais problemas na hora do sono e casos de insônia do que os homens. Para os especialistas, algumas hipóteses podem explicar essa diferença, incluindo fatores biológicos. A principal explicação está relacionada com as variações mais intensas dos hormônios ao longo da vida, começando ainda na puberdade.
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“As mulheres geralmente relatam noites de sono com menor qualidade e mais interrupções em diferentes estágios da vida do que os homens”, reforça a National Sleep Foundation, nos Estados Unidos. Só que, independente do sexo, noites maldormidas têm inúmeras implicações na vida de um indivíduo.
Afinal, é durante o sono que o corpo se reorganiza após um longo dia e até processos fundamentais do sistema imunológico ocorrem nesse período. Inclusive, ficar 24 horas acordado implica em mudanças físicas no próprio cérebro. Quem dorme mal também tende a apresentar, com mais frequência, sintomas depressivos, segundo a fundação. A falta de descanso também compromete as atividades do dia a dia.
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Como as fases da vida da mulher impactam o sono?
Pensando na vida de uma mulher, a relação tensa com o período de descanso pode começar após a primeira menstruação. Por exemplo, as alterações hormonais durante o ciclo menstrual provocam mudanças no humor, podendo gerar ansiedade e até sintomas depressivos. Além disso, a Tensão Pré-Menstrual (TPM) é normalmente acompanhada de sintomas mais físicos, como cólicas, inchaço e sensibilidade nos seios.
Tudo isso pode atrapalhar o sono de adolescentes e mulheres mais jovens, explica Fiona Baker, pesquisadora do Stanford Research Institute (SRI) International, para o jornal The New York Times.
Agora, se a mulher opta por engravidar e ter filhos, uma nova leva de problemas relacionados ao sono pode acometê-la, ainda mais numa sociedade que a transforma em “única” encarregada pela saúde e bem-estar do recém-nascido. Curiosamente, um bebê pode interromper o sono da mãe um número incontável de vezes para um período médio de apenas sete a oito horas de sono.
A questão é que, mesmo com o desenvolvimento da criança e o fim das noites mais difíceis, o cérebro da mãe pode continuar em alerta constante para o perigo à noite, independente da existência (ou não) do risco. Nesse padrão de hipervigilância, é no mínimo difícil retomar as boas noites de sono.
Após se acostumar com a menstruação, o crescimento dos filhos e os desafios do auge da vida produtiva no trabalho — o que envolve bastante ansiedade e tensão —, a mulher é novamente afetada pelos hormônios na meia-idade, entre os 40 e os 50 anos. Afinal, este período é marcado pela perimenopausa, também conhecida como pré-menopausa.
Um dos sintomas mais comuns da pré-menopausa são as ondas de calor que afetam até 80% das mulheres, provocando suor excessivo e até palpitações. Segundo Baker, o problema tende ser tão intenso que consegue interromper o sono de até 20% das pacientes nessas condições. Até pouco tempo, nem remédios específicos para controlar a questão existiam nas farmácias.
Fechando o ciclo, o período de pós-menopausa coincide com o maior risco das mulheres terem apneia obstrutiva do sono, marcado pelos roncos e pela dificuldade de respiração durante o sono. Novamente, os problemas resultam em insônia. Só que, desta vez, os homens costumam compartilhar o mesmo risco de apneia nesta fase da vida, onde a tendência é ganhar peso e aumentar o nível de sedentarismo.
Como ter uma boa noite de sono?
Segundo os parâmetros da National Sleep Foundation, ter uma noite ruim de sono significa acordar no meio da noite e levar mais de 20 minutos para conseguir dormir novamente. Deitar na cama e levar mais de 30 minutos para se desligar é outro indicador da insônia. Em ambos os casos, é preciso melhorar os hábitos para garantir uma noite mais tranquila.
Nesse ponto, o Canaltech já preparou um especial para quem busca uma boa noite de sono, mas não sabe por onde começar. Entre as recomendações, estão a prática regular de atividade física, deixar os aparelhos eletrônicos de lado na hora de ir para a cama e estabelecer uma boa relação com alimentos e bebidas estimulantes, como o café. Também vale tentar o método 4-7-8 de respiração.
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Fonte: Canaltech