O assédio moral no trabalho pode despertar diversas consequências para o colaborador e para o empregador. Mas você sabe como identificá-lo? Essa tarefa nem sempre é fácil, e pode ser que você já tenha passado por alguma situação que se enquadra, sem saber. Por isso, trazemos tudo o que é necessário saber sobre essa ocorrência.
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Antes de tudo, é necessário entender o que é assédio moral: trata-se da conduta violenta e degradante que coloca em situação de humilhação e constrangimento um colaborador em seu ambiente de trabalho.
Pode se desdobrar através de agressões psicológicas frequentes, e na maioria das vezes, parte de alguém hierarquicamente superior. Essa conduta abusiva pode ser manifestada por palavras (ditas ou escritas), gestos e comportamentos que trazem danos à personalidade, dignidade e integridade física e psíquica da vítima.
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Como identificar assédio moral
Conforme aponta um estudo da revista científica SciELO, o assédio moral conta com algumas características, como repetição, longa duração (entre 15 e 40 meses), intenção, latente ou implícita, de violentar o outro, direcionalidade ou pessoalidade (ou seja, as ações têm uma pessoa como alvo) e degradação deliberada das condições de trabalho — por meio de ataques psicológicos, condutas repetidas e/ou negligência.
O que é assédio moral
Segundo Diego Galvão, sócio-diretor da Contato Seguro (empresa de solução terceirizada de Canal de Denúncias), o assédio moral pode ser sutil ou mais evidente, e envolve condutas como cobrança e vigilância constante e excessiva. Ou seja, se o ofensor persegue o colaborador, vigia constantemente seu comportamento e aponta “falhas” em pequenos detalhes.
Além disso, é possível ver assédio moral na advertência arbitrária, em que o agressor critica, chama a atenção ou adverte a vítima sem um padrão pré-estabelecido, aleatoriamente, mesmo por erros pequenos. A condição também envolve a atribuição de tarefas humilhantes, que não tenham utilidade e sentido para o trabalho.
O assédio moral também está presente na comunicação agressiva, como o aumento do tom de voz, desrespeito, grito, xingamento, insinuações jocosas ou abordagens de forma grosseira. O especialista ressalta que, para uma situação vir a ser considerada assédio moral, deve ser frequente, ter um alvo e a intenção de ferir psicologicamente a vítima.
O que não é assédio moral
Acontecimentos isolados podem ser considerados como um sinal de alerta, mas não se enquadram em um caso de assédio moral. Vale entender, ainda, que uma situação de assédio não compreende más condições de trabalho por si só, a não ser nos casos em que o profissional é forçado a trabalhar dessa forma desnecessariamente.
Se o superior hierárquico solicita o cumprimento das atividades que estão de acordo com as capacidades do profissional e com os prazos de entrega pré-acordados ou estimula a produtividade do colaborador, também não configura assédio moral.
Isso vale, também, para advertências. No caso da falha na entrega de suas obrigações, o superior pode advertir e chamar a atenção do colaborador, desde que mantenha o devido respeito. A necessidade de aumento do volume de trabalho também não deve ser vista como assédio moral.
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Fonte: Canaltech