Mesmo disposta a pagar a cifra de US$ 40 bilhões para adquirir a ARM, a Nvidia pode ser forçada a cancelar esse PIX. O acordo foi anunciado em setembro de 2020, mas negócios sensíveis como este esbarram em muitos interesses. Por isso é necessário que órgãos regulamentadores aprovem a aquisição, o que não deve ocorrer.
- Reino Unido considera compra da ARM pela NVIDIA uma ameaça à segurança nacional
- Nvidia dobra investimento em supercomputador no Reino Unido com a ARM em mente
Em dezembro os Estados Unidos, através da Federal Trade Commission (FTC) foram os primeiros a apontarem os possíveis problemas da união entre Nvidia e ARM. O governo se preocupa, nessas avaliações, principalmente com a possibilidade de formação de monopólio.
A notícia chegou como balde de água fria, e se somou ao intenso movimento de fabricantes de processadores, placas de vídeo e outros componentes, que até então competem com a Nvidia e estariam prestes a se tornarem clientes dela.
–
Podcast Canaltech: de segunda a sexta-feira, você escuta as principais manchetes e comentários sobre os acontecimentos tecnológicos no Brasil e no mundo. Links aqui: https://canaltech.com.br/360/
–
A essa altura do campeonato, de acordo com fontes do mercado, a Nvidia já projeta não haver mais concretude para que o negócio vá adiante. Alívio para o caixa, frustração para os planos de expansão da companhia.
O plano B para a ARM
A SoftBank, que controla a ARM, inclusive estaria partindo para um plano B: sem os US$ 40 bilhões prometidos, a ideia seria partir para uma Oferta Pública Inicial (o famoso IPO). É o processo de abertura de capital, no qual interessados podem comprar ações para participarem dos ganhos (e perdas) de uma empresa.
Assim, muitas empresas do setor de tecnologia devem respirar aliviadas. Havia o temor de que o atual nível de acesso aos recursos da ARM fossem prejudicados com a aquisição pela Nvidia, que certamente defenderia mais seus próprios interesses do que o acesso “democrático” a insumos e serviços.
Vale lembrar que outros órgãos regulatórios, como na Europa, devem avaliar a aquisição. Mas parece que os Estados Unidos já jogou o balde de água fria que era necessário para a Nvidia retroceder.
Trending no Canaltech:
- Quantas doses de reforço vamos tomar até o final da pandemia?
- Ministério da Saúde prevê pico da Ômicron em fevereiro: “Devemos nos preparar”
- Comparativo Moto G20 vs Moto G9 Power
- Possível falha da Amazon Brasil permite compras grátis com cupons cumulativos
- 8 linguagens de programação recentes que já estão dominando o mercado
Fonte: Canaltech