Baixa autoestima, psicológico abalado, depressão, medo de sair na rua ou mesmo de se olhar no espelho. Os impactos do melasma vão muito além da aparência física. Estudos revelam que, em muitos casos, pessoas com melasma lutam com problemas ligados a fatores emocionais e psicológicos que a condição pode causar. O melasma é caracterizado pela pigmentação marrom ou acastanhada, principalmente na região do rosto.
“Algumas pessoas, por medo de agravar as manchas, em vez de se proteger com filtro solar, bonés e outros, acabam se isolando para não se expor ao sol. Deixando até de viajar ou fazer atividades ao ar livre. E esse isolamento pode trazer consequências psicológicas”, comenta o dermatologista Bruno Vargas, da Clínica Bruno Vargas.
Em pesquisa publicada pelo Journal of Dermatological Treatment, estudiosos identificaram que pacientes com melasma sentiam emoções negativas sobre a própria condição, e não as compartilhavam com ninguém. Alguns responderam que se sentiam desfigurados. Outros afirmaram que, durante um diálogo, sentiam os olhos do interlocutor focados nas manchas, causando desconforto. 100% dos entrevistados, conforme o estudo, disseram que a vida seria melhor sem o melasma.
Tratamento moderno
O melasma não tem cura definitiva, mas o paciente tem cada vez mais alternativas para amenizar e controlar o problema. “Já existem tratamentos que auxiliam no combate ao melasma. E, graças aos estudos e às novas tecnologias, temos esperança de reduzir os impactos do melasma de forma considerável em pessoas com qualquer tipo de pele”, comenta Bruno Vargas.
De acordo com o dermatologista, foi lançado recentemente no mercado um laser muito rápido que, com a velocidade em picossegundos, provoca a microfragmentação da melanina. Dessa forma, ela se quebra em pedaços infinitamente menores do que equipamentos mais antigos são capazes. “Isso facilita e agiliza o procedimento. O grande diferencial da tecnologia é a ausência de calor gerado na pele, ou seja, o equipamento trabalha utilizando o efeito mecânico e não o efeito térmico, como acontece com outros lasers”, explica.
Segundo Bruno Vargas, o resultado tende a ser mais rápido e potencialmente efetivo, em poucas sessões. “O tratamento para melasma em grau avançado costuma demorar, mas trabalhamos para reduzir esse tempo. O PicoWay®-laser de picossegundos, por exemplo, oferece um tratamento mais rápido e não agride a superfície da pele”, explica o médico. “Praticamente não existe período de recuperação e a pessoa já pode retomar suas atividades rotineiras imediatamente”, afirma o médico.
Outros tratamentos
O ácido tranexâmico também pode ser uma das indicações. Na forma intradérmica, ele é aplicado através de uma agulha fina na mancha, na camada intermediária da pele, e bloqueia os estímulos que fazem com que o melanócito produza mais pigmento. Dessa forma, a pele fica protegida e novas manchas são impedidas de aparecer ou, ainda, as que já existem de escurecerem. Quando associado ao tratamento oral e tópico, os efeitos são melhores.
Para todos os tratamentos é fundamental a avaliação de um dermatologista. Somente ele poderá indicar a melhor opção. Também é importante se atentar aos cuidados básicos, como uso constante de filtro solar, além de chapéus ou bonés durante a exposição à luz solar.