Pesquisadores da Baylor University desenvolveram microsssensores sem fio, com o tamanho de um grão de sal, que podem registrar e estimular a atividade cerebral. A aposta é que eles sejam o futuro do sistema de interface cérebro-máquina.
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Interfaces cérebro-máquina (BCIs) são dispositivos que podem um dia ajudar pessoas com lesões cerebrais a se moverem ou se comunicarem. Mas a maioria desses sistemas usa um ou dois sensores que contemplam algumas centenas de neurônios, mas os neurocientistas estão interessados em sistemas que são capazes de coletar dados de grupos muito maiores de células cerebrais.
Esses neurograins gravam independentemente os pulsos elétricos feitos por neurônios disparando e enviam os sinais sem fio para um hub central, que coordena e processa os sinais. No estudo em questão, os pesquisadores demonstraram o uso de quase 50 desses neurograins para registrar a atividade neural em um roedor.
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Funciona como uma torre de telefone celular em miniatura, empregando um protocolo de rede para coordenar os sinais dos neurônios, cada um com seu próprio endereço de rede. O objetivo do estudo era demonstrar que o sistema poderia registrar sinais neurais de um cérebro. A equipe colocou 48 neurograins no córtex cerebral do animal e registrou com sucesso sinais neurais característicos associados à atividade cerebral espontânea.
A equipe também testou a capacidade dos dispositivos de estimular o cérebro, bem como registrar a partir dele. A estimulação é feita com pequenos pulsos elétricos que podem ativar a atividade neural. A estimulação é conduzida pelo mesmo centro que coordena o registro neural e a expectativa dos pesquisadores é que um dia restaure a função cerebral perdida por doença ou lesão. O estudo completo pode ser encontrado aqui.
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Fonte: Canaltech