Ministério da Saúde adota armadilhas para reduzir mosquito da dengue

Um método promissor para evitar a proliferação do mosquito da dengue começou a ser adotado pelo Ministério da Saúde nas periferias brasileiras.

Trata-se das Estações Disseminadoras de Larvicida, uma espécie de armadilha que busca reduzir a infestação pelo Aedes aegypti, que também transmite zika e chikungunya.  

Funciona assim: um pote com água recoberto com tecido preto com larvicida em pó atrai os mosquitos.

Como as fêmeas visitam muitos criadouros para colocar os ovos, ao pousar na armadilha, elas se impregnam com o larvicida e passam a disseminá-lo em um raio de até 400 metros.

O coordenador do projeto, pesquisador Sérgio Luz, da Fiocruz Amazônia, ressalta que a estratégia pode ser usada em larga escala nas campanhas de controle do vetor. E explica que a técnica é eficaz principalmente em locais de difícil acesso.

A população é chamada a colaborar permitindo o acesso dos agentes de combate a endemias que instalam as estações e também mantendo as medidas para evitar água parada dentro de casa, como destaca Sérgio Luz.

De acordo com o Ministério da Saúde, a escolha dos municípios com periferias para receber a tecnologia vai levar em conta a densidade populacional e o número de notificações de dengue e outras arboviroses nos últimos anos.  

A medida já está em curso em Sol Nascente, no Distrito Federal, que é a maior favela do Brasil. O cronograma de instalação na cidade vai até novembro.

Nos locais que contarão com a estratégia, a expectativa é reduzir o número de casos em cerca de 30%.