Foram revelados mais detalhes sobre a missão VERITAS, da NASA, que enfrentará as condições extremas de Vênus. VERITAS, em latim, significa “verdade”, o que é um ótimo resumo do que essa missão do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) buscará com os instrumentos Venus Emissivity Mapper (VEM) e Synthetic Aperture Radar (VISAR).
- Explorar Vênus é um desafio e tanto, mas a NASA está empenhada nessa missão
- Serve como aviso | Vênus já foi semelhante à Terra e sofreu catástrofe climática
- Pequena sonda da NASA será capaz de sobreviver na superfície de Vênus
Vênus, considerado um planeta “irmão” da Terra, pode guardar informações importantes para os cientistas entenderem o que a Terra pode se tornar futuramente, e a NASA planeja lançar essa missão em 2026. A ideia é que a VERITAS seja mais uma sonda do que um módulo de pouso, com um sistema de radares que criará um mapeamento 3D global para descobrir mais sobre a composição da superfície do planeta.
O VEM é uma espécie de sucessor de alguns instrumentos da missão Galileo. Ele foi criado para captar a luz no comprimento de onda de 1 mícron, para conseguir atravessar as nuvens que cobrem o planeta e analisar a superfície dele. Suas áreas mais sensíveis ao longo da estrutura irão permitir detectar materiais na atmosfera venusiana, algo importante tanto para a calibração do instrumento quanto para encontrar possíveis vapores de água que, por algum motivo, possam ter sobrevivido às temperaturas altíssimas e radiação solar. Assim, provar as evidências mineralógicas de água no planeta é um dos objetivos da missão.
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O VISAR, por outro lado, terá o objetivo de compreender como é a atividade tectônica do planeta. Ele funciona como uma espécie de sensor topográfico, e poderá fornecer detalhes sobre a altitude das formações na superfície do planeta. Jennifer Whitten, da equipe da missão VERITAS e cientista planetária na Universidade de Tulane, está com grandes expectativas para os resultados: “poder determinar se Vênus está passando por atividades vulcânicas e entender qual processo está causando-as é uma das perguntas mais interessantes, que eu adoraria ver respondida”.
Respostas para o futuro
Ao trabalharem juntos, os dois instrumentos poderão trazer informações essenciais sobre a atividade vulcânica em Vênus. As medidas espectroscópicas do VEM ajudarão a equipe a determinar se existem materiais recentes que se formaram com o magma. Já o radar do VISAR irá ajudar os pesquisadores a descobrirem se há falhas geológicas ativas no planeta, que podem indicar atividade tectônica e vulcões.
A qualidade e resolução dos dados serão essenciais nos estudos que investigam o que pode estar acontecendo com as placas tectônicas de Vênus, contribuindo para os cientistas entenderem como o planeta se tornou o que é hoje. Apesar da semelhança com a Terra, a temperatura venusiana beira os 500 °C, e a pressão é tão alta que se torna esmagadora – condições que, de tão extremas, dificultam a realização de missões na superfície.
Por fim, entender melhor o funcionamento dos processos geofísicos e vulcões por lá poderá ajudar os cientistas a compreenderem os impactos no clima de Vênus, além de indicarem se, afinal, existem grandes quantidades de água no interior do planeta assim como há na Terra.
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Fonte: Canaltech