Comportamento

Grupos de engajamento do G20 discutem sobre o combate às desigualdades

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O Rio de Janeiro testemunhou mais um momento histórico da presidência do Brasil no G20. Pela primeira vez, a sociedade civil falou na reunião de vice-ministros de finanças do Banco Central dos países do grupo, que ocorreu nesta segunda-feira (22/07) em um hotel na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital. Além de 13 grupos de engajamento, lideranças de favelas brasileiras que compõem o F20, Favela 20, encaminharam propostas e demandas das comunidades a serem discutidas pelo G20 Social.
 
Outro destaque foi o debate sobre o papel de políticas públicas no combate às desigualdades, em linha com as prioridades gerais do Brasil no grupo. A presidente do W20, grupo de engajamento do G20 para pauta de mulheres, Ana Fontes (foto), argumenta que as mulheres são o elo frágil quando o assunto são as consequências das mudanças climáticas; e alerta para a importância de incluí-las nessas questões.
 
“Até agora, todo mundo está construindo ideias, fazendo políticas, falando sobre a justiça climática, mas sem olhar para as mulheres. E normalmente, as emergências climáticas e as dificuldades atingem mais fortemente as mulheres. Dando exemplos bem práticos, quando falta água em um lugar, quem vai buscar são as mulheres com a lata d’água na cabeça. E quando tem emergências como a do Rio Grande do Sul, as mais afetadas foram as mulheres.”
 
A reunião ministerial também abordou perspectivas globais sobre aspectos como crescimento, emprego, inflação e estabilidade financeira. Foram debatidas as melhores práticas para o desenvolvimento sustentável e como as nações vislumbram o setor financeiro para um futuro próximo. A sherpa do B20 Brasil, que conecta empresários aos governos do G20, Constanza Negri, avalia que há muito o que ser discutido, mas elogiou o rendimento e a sintonia da reunião desta segunda-feira.
 
“Esse diálogo da sociedade civil, os grupos de engajamento com os atores do G20 é fundamental. São processos que, se olharmos as outras edições, tem potencial, discutem questões relevantes para o B rasil e para o mundo. Mas faltava um pouco de conexão entre os dois eixos. E eu acho que nisso tem um mérito o que o governo brasileiro tem feito do ponto de vista da coordenação, da formatação desse diálogo. Ainda mais fazer isso com tempo.”
 
O encontro de deputies de Finanças e Bancos Centrais integra a Trilha de Finanças do G20, que possui sete grupos técnicos e três forças-tarefa, que tratam desde tributação internacional e taxação de grandes fortunas ao combate à fome e à pobreza e às mudanças climáticas. O grupo é formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo, mais a União Africana e União Europeia.
 

rilton.pimentel , .

Fonte: Agencia brasil EBC..

Tue, 23 Jul 2024 13:13:23 +0000

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