A inteligência pode ajudar uma espécie a viver mais. Pelo menos, essa é a afirmação de um estudo publicado na revista Science Advances na última quarta-feira (12). A teoria é que indivíduos mais inteligentes provavelmente tomam melhores decisões em relação à seleção de habitat e alimentos, prevenção de predadores e cuidados.
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Para fazer essa relação entre inteligência e expectativa de vida, os pesquisadores do German Primate Center analisaram o comportamento de lêmures selvagens de Madagascar. Ao todo, o grupo administrou quatro testes cognitivos diferentes e dois testes de personalidade a 198 animais, além de medir seu peso e acompanhar sua sobrevivência durante alguns anos.
Os testes de cognição avaliaram a resolução de problemas, memória espacial, controle inibitório e compreensão causal. O primeiro teste de personalidade avaliou o comportamento exploratório, enquanto o segundo mediu a curiosidade por meio das reações dos animais a objetos desconhecidos.
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Animais espertos são mais longevos
Conforme constata o artigo, os lêmures que tiveram melhor desempenho nos testes cognitivos exibiram menos comportamento exploratório em comparação com os que tiveram pior desempenho.
O estudo também descobriu que os indivíduos com melhor desempenho cognitivo, maior peso e comportamento exploratório mais forte tendem a ter uma expectativa de vida mais longa.
“Esses resultados sugerem que ser inteligente ou exibir boa condição física e comportamento exploratório provavelmente são estratégias diferentes que podem levar a uma expectativa de vida mais longa”, afirmam os pesquisadores.
A ideia é que, nas próximas pesquisas relacionadas à área, a equipe possa investigar como as habilidades cognitivas se traduzem em estratégias comportamentais para encontrar comida ou parceiro de acasalamento.
E nos humanos, qual a importância da inteligência?
Para medir a inteligência, o uso dos testes de QI (Quociente de Inteligência) é considerado o método padrão. Mas a própria comunidade científica debate muito sobre o assunto e chega a refletir que ser inteligente não está apenas relacionado com o raciocínio lógico.
Anteriormente, especialistas revelaram ao Canaltech o que determina nossa inteligência: a ciência considera que os humanos tenham dois principais tipos de inteligência — a fluida, que consiste na capacidade de usar e aplicar informações, e a cristalizada, que reflete a informação que se tem acesso, armazenada como memória em seu cérebro.
As evidências científicas sugerem que a inteligência cristalizada continua a se acumular enquanto o cérebro está em funcionamento. Por outro lado, a inteligência fluida diminui à medida que uma pessoa envelhece. Já listamos, também, alguns sinais de inteligência — segundo a ciência:
- Curiosidade
- Empatia
- Observação
- Capacidade de autocontrole
- Reconhecimento dos limites (e da necessidade de mais aprendizados)
Estudos também já apontaram que pessoas muito inteligentes demoram mais para responder questões complexas.
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Fonte: Canaltech