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A cidade de Paraty, no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, sedia até domingo o 1º Encontro Internacional de Territórios e Saberes.
Com mais de 1.000 participantes, de 22 países, dos cinco continentes, o evento quer representar um marco histórico na articulação de saberes científicos e tradicionais para a promoção da saúde e do desenvolvimento sustentável.
Não por acaso o encontro é sediado em Paraty, que em 2019, recebeu, junto com Ilha Grande, o título de Sítio Misto do Patrimônio Mundial da Unesco.
A região abriga comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras que vivem da relação com a natureza, da pesca artesanal e do manejo sustentável.
A programação é focada na articulação dessas formas de conhecimento para enfrentar desafios globais, como as mudanças do clima, a segurança alimentar e as desigualdades sociais. Também destaca o papel vital dos povos tradicionais na preservação da biodiversidade, lembrando que as áreas mais preservadas dos biomas globais são, frequentemente, aquelas protegidas por estas comunidades.
Vagner do Nascimento, integrante do colegiado de coordenação do Fórum de Comunidades Tradicionais e coordenador geral do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina, que realiza o encontro, em parceria com a Fiocruz e Universidades, destaca a importância de um evento como esse.
“É um momento aonde as comunidades colocam os seus principais temas, como racismo ambiental e mudanças climáticas, direito ao seu território, ao seu modo de vida e a sua cultura. E onde a gente constrói, na perspectiva e na visão dessas comunidades e encontra mecanismo como tecnologia ancestral, como tecnologia social pra que a gente enfrente esse grande problema do futuro.”
Ao todo serão mais de 40 atividades entre mesas, oficinas, vivências e visitas de campo organizadas em torno de cinco eixos temáticos.
maria.melo , .
Fonte: Agencia brasil EBC..
Tue, 10 Sep 2024 01:45:49 +0000