O bem mais precioso da vida é o tempo. Desde que o mundo é mundo, a duras penas aprendemos esta lição. A famosa frase de William Shakespeare poderia muito bem ser: como usar o tempo que nos resta sobre este planeta, eis a questão.
Uma maneira óbvia de constatar o fato é olhar para a história das invenções. Cada uma delas é, a seu modo, uma forma de o homem conquistar tempo livre.
Da roda ao microondas, do aerosol ao computador, do barbeador elétrico à lavadora de roupas, do secador de cabelo ao avião… as invenções são tentativas de abreviar o tempo gasto para fazer as coisas chatas. Assim sobra mais tempo para as coisas bacanas. Agora, cá entre nós, nunca sabemos direito o que queremos fazer com esse bônus de tempo conquistado.
O fato é que, apesar de pequenos avanços, quase toda noite, quando chega o momento de colocar a cabeça sobre o travesseiro, fica aquele sentimento: as 24 horas do dia não são suficientes para concretizar todos os nossos desejos.
Se quisermos encarar o fato de forma menos pessimista, podemos levantar outra questão: não vem justamente desse desejo ainda insatisfeito o contínuo aperfeiçoamento da tecnologia?
Trecho retirado da coluna “O tempo e a liberdade de escolha – DOMINANDO O RELÓGIO – “Cada invenção é uma forma de o homem conquistar o tempo livre” publicado no Jornal O Estado de S. Paulo no dia 23/05/2005
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