Finanças Pessoais

Financiamento imobiliário em países estrangeiros compensa?

Publicidade



Morar fora do país é o sonho de muita gente. No entanto, quando se fala em planejar a nova vida em território estrangeiro, poucos sabem por onde começar.

Comprar ou alugar? Estas são algumas das principais dúvidas que martelam a cabeça na hora de investir ou financiar um imóvel.

Quando isso acontece, é interessante procurar a ajuda de alguém que já realizou o modelo de investimento, para entender como funciona o processo e toda a sua papelada.

Além disso, no momento de decidir a compra do bem, é importante estar ciente que, dependendo do país, os preços podem oscilar diariamente, devido os juros e a burocracia, que às vezes tornam a negociação em uma verdadeira dor de cabeça.

1 – Japão (Ásia)

No Japão, por exemplo, as autoridades exigem que o estrangeiro possua visto permanente e um emprego fixo, além de não possuir pendências, ou seja, dívidas.

Quanto à papelada, é necessário portar documentos ligados a renda anual, seguro de saúde, além de outros requisitos.

Com relação à compra, esta pode ser financiada em até 35 anos, podendo variar conforme a necessidade de cada comprador.

Para facilitar o processo, os corretores asiáticos oferecem duas formas de financiamento, sendo a primeira por intermédio de bancos privados e públicos e a segunda através de prestações fixas.

A última opção pode variar de cada empresa. Em vista disso, é uma desvantagem, que demanda atenção do comprador.

2 – Estados Unidos (América)

Já nos Estados Unidos, qualquer estrangeiro tem total liberdade para comprar um imóvel, até mesmo se ele for um turista, sendo necessário apenas um passaporte com visto válido, comprovante de renda e residência.

Normalmente, o governo local realiza o procedimento por meio de bancos, onde o comprador paga, de início, 30% de seu valor, com juros que oscilam de 5 a 6%. Por fim, o dinheiro deve ser depositado numa conta específica do cartório do país.

O lado negativo deste modelo é que negociador não pode oferecer mais que 30% da sua renda para quitar a compra, à medida que alguns bancos exigem comprovante de renda.

3 – França (Europa)

Na França, o modelo de financiamento é bem parecido com o do americano. O seu diferencial é que é necessário a presença de um funcionário de um cartório para realizar o processo de compra.

Nos financiamentos à vista, por exemplo, de imediato, o comprador escolhe o imóvel de preferência, pagando 10% do bem, além de ganhar o prazo de uma semana para desistir.

Após a compra, o processo pode durar até um trimestre para avaliar se há algum impedimento com relação à papelada do imóvel. Depois disso, a negociação é finalizada com o pagamento da outra parte da quantia.

No caso da compra parcelada, ou seja, a prazo, o contrato é bem parecido com a do anterior, no entanto, o valor financiado é de 80%, podendo ter a dívida parcelada por quase três décadas, sobre taxas anuais de 5%.

3 – Austrália (Oceania)

Em solo australiano, há um pouco mais de burocracia. Isso, porque quem deseja comprar um imóvel, primeiramente, precisa da permissão do Departamento de Estrangeiro (DIE) do país.

A resposta geralmente, chega em até 40 dias, mas pode chegar há quatro meses em casos específicos.

Para que tudo ocorra dentro do previsto, é importante que o comprador esteja com todas as informações necessárias em documento. Caso alguma informação esteja incorreta ou faltando, a transgressão pode resultar em multas, por descumprimento com a negociação.

Quando a papelada é aceita, o estrangeiro tem o prazo de uma semana para entregar o contrato, depositando até 10% da quantia do imóvel.

Em contrapartida, um detalhe negativo deste tipo de negócio é que há diversas taxas, como o Registro de Propriedade, as taxas legais, o pedido de hipoteca e a taxa local.

Resumidamente, os modelos de investimentos em imóveis estrangeiros, podem mudar conforme o país e o continente de pretensão do comprador.

Porém, é recomendado estar atento com as formas de pagamento, taxas e juros, que mudam diariamente, podendo confundir o investidor durante o processo, quando ele não termina em uma extensa dívida.

Em vista disso, pesquisar e procurar entender como funciona o cronograma é a principal atitude para se ter sucesso em qualquer negócio.