Em pouco mais de dez minutos, o leilão do controle da InfraCo foi vencido pelos fundos do banco BTG Pactual, que não teve concorrentes na operação. A empresa é uma sociedade de propósito específico criada pelo Grupo Oi e administra uma rede de fibra óptica com mais de 400 mil quilômetros de extensão.
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Quem conduziu o processo foi a Sétima Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, responsável pelo processo de recuperação judicial da companhia. O interesse do BTG começou em abril, quando o banco fez a primeira proposta para comprar o capital social votante da InfraCo.
A instituição pagou cerca de R$ 12,9 bilhões para ficar com 57,9% do capital social votante da InfraCo, que tem dívida líquida de R$ 4,107 bilhões. Os recursos devem permitir que a Oi reduza suas dívidas e possa seguir com seu plano de crescimento em banda larga fixa e encerrar o processo de recuperação judicial.
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Uma fonte do jornal O Globo diz que a ideia é que os aportes totais na InfraCo cheguem a R$ 30 bilhões até 2030. Outro plano é a abertura de capital da empresa na bolsa de valores (B3).
Pagamento parcelado
Pelo acordo, o BTG vai pagar a compra em várias fases. Na “parcela primária”, são R$ 3,2 bilhões — isso corresponde a 17,1% do capital social votante da empresa. Na “parcela secundária”, serão R$ 6,5 bilhões, que equivalem a 33,9% do capital social votante da InfraCo.
Além disso, o BTG deve pagar R$ 1,6 bilhão como “parcela primária adicional”, o que o leva a 54,8% do capital social votante da companhia. A operação envolve, ainda, a incorporação da Globonet — uma rede de cabos submarinos comprada da Oi pelo banco há alguns anos — que é avaliada em R$ 1,5 bilhão. Assim, o BTG terá 57,9% do capital social votante da InfraCo, ao custo de R$ 12,9 bilhões.
Agora, representantes da Oi e dos fundos do BTG devem entrar com pedido de aprovação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Só após essa aprovação, o BTG poderá participar da gestão da companhia. Já o dinheiro obtido pelo Grupo Oi com a transação só deve entrar no caixa no início do ano que vem.
A expectativa do Grupo Oi é finalizar a venda de ativos até o fim deste ano. Em 2020, já vendeu a operação de telefonia móvel para as rivais Claro, Vivo e TIM por R$ 16,5 bilhões. O negócio ainda não recebeu aval do governo e é criticado por pequenas operadoras e órgãos de defesa do consumidor.
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Fonte: Canaltech