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Ao todo, 7,8 milhões de estudantes estavam matriculados no ensino médio no ano passado em todo o Brasil. É o que aponta o Censo Escolar 2024, divulgado nesta quarta-feira (9) pelo Ministério da Educação. O número representa um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior.
Ao detalhar os dados, em Brasília, o ministro da Educação, Camillo Santana, avaliou os números como positivos, mas afirmou que é preciso ir mais a fundo para entender se o aumento está relacionado ao programa Pé-de-Meia.
“Nós pedimos para que o Inep fizesse uma avaliação mais aprofundada em relação a todos esses dados. Nós vamos querer, agora, com as matrículas de 2024, ter uma noção do efeito do programa Pé-de-Meia em relação ao ensino médio, pra gente poder entender um pouco melhor esse fluxo. Mas é uma notícia muito positiva, porque eu acho que nós estamos revertendo um pouco a curva, que eu acho que é o grande desafio nosso, garantir que o aluno do ensino médio permaneça na escola e conclua a sua educação básica”, destacou o ministro.
Lançado no começo do ano passado, o Pé-de-Meia busca estimular estudantes a se matricularem no ensino médio, fase em que muitos deixam de estudar para trabalhar e ajudar na renda da família.
Ainda em relação ao ensino médio, o Censo registrou aumento de 12% de matrículas de tempo integral nas escolas da rede pública. E é nesses espaços onde estavam quase 23% de todos os estudantes do ensino básico, que engloba educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.
Para o titular da Educação, um dado que ainda reflete um desafio para a gestão federal é em relação às creches, que atendem crianças de 0 a 3 anos. No ano passado, eram 4,1 milhões de crianças nesses espaços, número 1,5% maior do que o registrado no ano anterior. Camillo Santana explica que o governo vem investindo em mais creches, mas que os resultados não são imediatos:
“Mudamos o fator de ponderação para creche em tempo integral, também para aumentar os recursos do Fundeb. Mais recursos estão indo para os municípios, para os estados. Mais incentivos estão indo. Nós priorizamos no PAC creches 1.178 na primeira etapa e, agora, mais 500. Claro que essa creche vai demorar dois anos para ser entregue, para garantir a ampliação da matrícula. Inclusive, antecipamos o valor do Fundeb para aquele município que coloca a creche para funcionar naquele ano. E aí também, repito, depende muito também da decisão política de cada governador, cada prefeito do seu município”.
O levantamento também mostra que a chamada EPT, Educação Profissional e Tecnológica, saltou de 96 mil matrículas, em 2023, para mais de 229 mil, em 2024, na rede pública.
rafael.guimaraes , .
Fonte: Agencia brasil EBC..
Wed, 09 Apr 2025 19:55:49 +0000