Para a surpresa de absolutamente ninguém, o Vasco da Gama vai para o quarto treinador diferente somente neste ano de 2020. Apesar de parecer absurdo, este enredo tornou-se comum no Brasil, em especial no futebol carioca: o Botafogo, por exemplo, está no seu quinto técnico no ano.
Na última terça-feira (29), o Gigante da Colina comunicou a saída de Ricardo Sá Pinto, que deixa o clube com apenas três vitórias conquistadas em 15 jogos. Seu substituto deve ser Zé Ricardo, que está em negociações avançadas e deve ser anunciado a qualquer momento.
Independente do novo comandante escolhido pela diretoria cruzmaltina, aqui estão os 4 principais pontos que ele precisará ajeitar para conseguir salvar o clube de mais um rebaixamento:
1. Estabelecer uma ideia/identidade de jogo
Obviamente não é NADA ideal assumir um clube em dezembro restando poucas rodadas para o encerramento da competição, mas conseguir estabelecer uma ideia/padrão de jogo é crucial para o novo técnico, algo que Ricardo Sá Pinto não conseguiu nos dois meses em que esteve à frente da equipe. O luso testou diversos esquemas, formações, rodou jogadores… e talvez por isso não tenha conseguido construir uma identidade.
2. Compactação defensiva
Para uma equipe que luta contra o rebaixamento, conseguir estancar a sangria defensiva é um dos aspectos mais urgentes. O Vasco tem, neste momento, a terceira pior defesa da competição com 39 gols sofridos em 26 jogos, números piores até mesmo que os do lanterna Coritiba. Proteger melhor o miolo de zaga e diminuir a exposição dos laterais/alas é o caminho.
3. Missão ‘alimentar Germán Cano’
O Vasco conta hoje com um camisa 9 letal, cirúrgico no posicionamento e nas conclusões. Cano não precisa de muitas chances para deixar sua marca, e isso é item em raridade no futebol brasileiro. O problema para o time carioca mora no que há em torno dele: o setor criativo tem deixado muito a desejar, fazendo com que o centroavante ‘passe fome’ na grande área. Meias e pontas precisam crescer de rendimento, e isso é uma missão para o novo treinador.
4. Fórmula ideal para uso dos garotos
O elenco é muito curto e acaba de sofrer uma perda gigante com a saída de Martín Benítez. Não há como repor com contratação, afinal, estamos quase adentrando janeiro. O jeito será buscar soluções internas, talvez dando maior minutagem e responsabilidade aos jovens talentos que o clube tem, oriundos da base. O momento de grande pressão não é o melhor para lançar garotos, mas Gabriel Pec, Kaio Magno e Juninho já estão no elenco principal e podem contribuir mais.
Fonte: 90min