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B2B or not 2B | Resumo semanal do mundo da tecnologia corporativa (05 a 09/10)

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B2B or not 2B | Resumo semanal do mundo da tecnologia corporativa (05 a 09/10) - 1

Bem-vindo ao nosso resumo semanal do mundo corporativo. Toda sexta-feira selecionamos as principais notícias que rolaram nos últimos dias para você ficar por dentro dos assuntos mais relevantes do momento. De estratégias de negócios até problemas judiciais, aqui você se atualiza em poucos minutos. Confira!

Samsung agradece a Huawei (e Trump)

Em conversas com analistas do mercado, a Samsung previu que seu lucro operacional cresceu 58% no terceiro trimestre de 2020, saltando para mais de US$ 10 bilhões. Trata-se do melhor resultado da companhia nos últimos dois anos.

Um dos fatores que contribuiu para esse resultado seriam as restrições dos EUA a Huawei, o que permitiu um aumento nas vendas de smartphones e chips da gigante sul-coreana de tecnologia. Além disso, a fabricante chinesa também se apressou em encomendar mais chips da Samsung, depois que o governo norte-americano bloqueou o acesso aos chips a partir de meados de setembro.


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Um aumento no sentimento anti-China na Índia, após um confronto de fronteira em junho, também é visto como um impulso para a Samsung, que compete com a Xiaomi e outros rivais chineses por lá.

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Samsung: terceiro trimestre desse ano foi generoso com a companhia (Foto: DennisM2/Wikimedia)

Os resultados que devem ser apresentados pela Samsung nas próximas semanas em seu balanço financeiro superam as expectativas dos analistas. A consultoria Refinitiv SmartEstimate previu que a compahia sul-coreana teria um lucro operacional de US$ 9,01 bilhões. Esse é o resultado mais promissor da empresa deste o terceiro trimestre de 2018, quando ela registrou lucros de US$ 15,2 bilhões.

No entanto, nem tudo é festa. As ações da companhia registraram queda de 0,3% nesta quinta-feira. Isso porque o mercado demonstrou preocupação com os preços dos chips de memória e as perspectivas de incertezas para o quarto trimestre. Os analistas duvidam que o lucro do quarto trimestre da Samsung possa superar o terceiro, já que os preços dos chips de memória estão caindo e um novo modelo do iPhone da Apple é esperado no mercado.

A Black Friday já começou no Google

Em um evento online chamado “Temporada Black Friday”, que começou nesta terça-feira, o Google apresentou as principais tendências para a temporada de compras de 2020, cujo início será marcado a partir da Black Friday, no final de novembro.

De acordo com a Big Tech, ao longo dos últimos anos, com o crescimento do faturamento, a chegada de novos players e expansão de categorias, ficou mais complexo para os varejistas e marcas se diferenciarem na Black Friday. Se no passado oferecer bons descontos era suficiente, hoje é o mínimo esperado pelo consumidor.

Segundo dados do Google, o preço ainda é o principal critério para os brasileiros no momento de decisão de uma compra, e a pandemia aumentou ainda mais o interesse por promoções. A partir de abril, as buscas relacionadas ao tema subiram de forma exponencial e cresceram 38% entre abril e julho de 2020 vs mesmo período no ano passado, enquanto entre janeiro e março, as buscas por promoções estavam 28% menores que no primeiro trimestre de 2019.

Porém, para o consumidor, o conceito de preço é mais amplo e envolve possíveis descontos por meio de cupons ou de cashback. O volume de buscas por cupom é 35x maior que por cashback, mas o interesse por termos relacionados a cashback cresce em um ritmo mais acelerado (74% ano a ano) que o por cupom (+30% ano a ano).

Assim como em edições anteriores da Black Friday, o frete continua como um diferencial de peso para os consumidores. Durante a pandemia, com a migração das compras do mundo físico para o online, houve um aumento expressivo do interesse por “frete grátis” nas buscas do Google. Em julho deste ano, o tema já era 118% maior do que no mês da Black Friday de 2019.

O termo “Frete Expresso” também ganhou relevância no período e terá um papel importante na temporada, principalmente no Natal, por conta das compras de última hora. As preocupações do consumidor com tempo e custo de entrega dão maior protagonismo para soluções omnichannel, como a modalidade “clique & retire”, quando o produto é adquirido de forma online, mas retirado nas lojas.

Assim como a base, o Pix vem forte!

Começou nesta segunda-feira (05), o cadastro oficial das chaves do Pix – plataforma de transferências e pagamentos criada pelo Banco Central (BC) e que começa a funcionar no dia 3 de novembro.

Até o momento, segundo o BC, 644 instituições financeiras – entre bancos e fintechs – já estão prontas para iniciar o cadastro de chaves. A participação nesse período – que vai de 5 de outubro a 2 de novembro – é facultativa a todas as instituições em adesão e condicionada à aprovação nas etapas cadastral e homologatória.

O BC informa ainda que 25 das 35 instituições que se enquadram no critério de obrigatoriedade para participação no Pix estão nessa lista. Dentre as instituições aprovadas, há uma multiplicidade de agentes, entre bancos, cooperativas, instituições de pagamentos, fintechs, financeiras, entre outros, o que reforça o caráter aberto e universal do Pix.

Para além das 644 instituições já prontas para iniciar o cadastro das chaves, o BC informou em agosto último que, ao todo, 980 instituições financeiras e de pagamento estão participando da etapa de homologação. Primeiro, bancos com mais de 500 mil clientes vão operar com a nova tecnologia. Atualmente, 34 instituições integram este grupo. O prazo para solicitar a adesão terminou em 1º de junho, mas uma nova janela de inscrições será aberta em dezembro deste ano.

O que NÃO tem no Rappi?

O Rappi anunciou na última quarta-feira (07) um marketplace em seu app com foco em Turismo. Com o nome de Rappi Travel, a plataforma que integra parceiros com ofertas de viagens e abrange empresas que comercializam passagens de avião e ônibus, hospedagem e, em breve, pacotes turísticos e aluguel de carros.

O botão que disponibiliza o Rappi Travel já está no ar dentro do app e conta com a oferta de voos de companhias aéreas nacionais e internacionais, além de outros parceiros do mercado de turismo, como Hotelbeds, Expedia e Hoteldo, além das redes de hotéis Atlantica, Bourbon, Nacional Inn, Wyndham e GJP Hotels & Resorts. A nova vertical também anuncia parceiros de programas de pontos, como Livelo, TudoAzul e Dotz. Já para o transporte rodoviário o Rappi fechou parceria com a ClickBus, que comercializa passagens de ônibus, e com a empresa de locação de carros Unidas, entre outras.

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Rappi Travel: turismo é a nova empreitada dentro do app (Imagem: divulgação / Rappi)

O Rappi afirmou que toda a experiência do usuário (UX) e integração com seu ecossistema para o Rappi Travel foram desenvolvidas dentro de casa, com base em dados – neste caso, no feedback dos usuários do app para garantir que a experiência de compra do consumidor seja completa.

Quem adquirir qualquer produto do Rappi Travel nos três primeiros meses de funcionamento da recém-lançada vertical terá 20% de cashback para utilizar no app. Já aqueles que optarem pelo uso do cartão Elo receberão, além do cashback, mais 10% de desconto na primeira compra no novo botão.

Fintechs a todo vapor no Brasil

Consideradas como o carro-chefe do ecossistema brasileiro de startups, as fintechs não dão mostra de “cansaço”. De 2019 para 2020, o setor cresceu 34% no Brasil. Além disso, nos nove primeiros meses deste ano, a área atraiu US$ 939 milhões em aportes e, nos últimos cinco anos, foram investidos US$ 2,4 bilhões neste mercado.

Os dados são do Distrito Fintech Report, levantamento realizado pelo Distrito, empresa de inovação aberta que atua junto a startups e que também mapeou o número de fintechs no país: 828. Por conta da representatividade do setor para o ecossistema de brasileiro de startups, o estudo sobre as fintechs passará a ser divulgado mensalmente.

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Fintechs seguem em crescimento constante no Brasil

O mapeamento dividiu as startups do setor em 14 áreas de atuação. Atualmente, as três categorias mais representativas deste mercado são: Meios de Pagamento (16,3%), Backoffice (15,5%) e Crédito (15%). Em seguida estão os segmentos de Risco e Complicance (8,8%), Serviços Digitais (7,1%), Investimentos (6,4%), Criptomoedas (6,3%), Tecnologia (5,3%), Fidelização (4,8%), Crowdfounding (4,6%), Finanças Pessoais (4,2%), Dívidas (2,2%), Câmbio (2,1%) e Cartões (1,4%).

A categoria de Serviços Digitais foi a que mais recebeu recursos, entre janeiro e setembro de 2020. Ao todo foram US$ 600,5 milhões captados. Um dos destaques deste setor foi a rodada de captação da Neon, no valor de US$ 300 milhões. Em segundo e terceiro lugar estão as categorias de Meios de Pagamento e Crédito, com a captação de US$ 93,6 milhões e US$ 86,7, respectivamente. Vale ressaltar que o mês de setembro registrou o maior volume de aportes do ano, no montante de US$ 431,6 milhões. Este número é 1.406% superior ao mesmo período de 2019.

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Fonte: Canaltech