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Enquanto segue para Marte, nave chinesa Tianwen-1 tira sua primeira selfie

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Enquanto segue para Marte, nave chinesa Tianwen-1 tira sua primeira selfie - 1

A missão chinesa Tianwen-1 segue viagem em direção a Marte desde julho. Agora, a agência espacial chinesa CNSA divulgou as selfies feitas por uma câmera que foi ejetada pela nave, que a mostram com a escuridão do espaço ao fundo enquanto ela continua sua jornada a caminho do Planeta Vermelho.

As fotos foram tiradas pela pequena câmera, cujas lentes grande-angulares estavam programadas para tirarem uma foto por segundo. Depois, as fotos foram transmitidas para a Tianwen-1 por conexão sem fio, e então foram enviadas para as equipes chinesas na Terra. Nas imagens, é possível ver os painéis solares da sonda e a antena de comunicação dela. Já a parte branca da nave contém o módulo de entrada e escudo térmico da missão, onde está o rover que irá pousar em Marte e explorará sua superfície.

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A Tianwen-1 iluminada pelo Sol (Imagem: Reprodução/China National Space Administration)

A imagem foi divulgada pela agência no Dia Nacional da China, e a equipe publicou um comunicado em que informa que a sonda se encontra a cerca de 24 milhões de quilômetros da Terra, estando em bom estado. A câmera que fez as fotos tinha apenas essa missão e, como a cumpriu, foi descartada e solta no espaço, onde deverá continuar vagando sem rumo certo até se tornar parte dos detritos espaciais que orbitam nosso planeta — a não ser que encontre outro corpo planetário antes disso, sendo atraída por sua gravidade.


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A sonda Tianwen-1 foi lançada em 23 de julho em um veículo Long March 5, o mais poderoso do país. Até o momento, a sonda precisou realizar duas manobras corretivas para ajustar sua rota em direção a Marte, e deverá entrar na órbita do Planeta Vermelho em fevereiro. Depois, ela irá passar alguns meses em busca de locais favoráveis para o lançamento do rover e lander que irão estudar Marte. Então, se tudo correr bem, a China irá se tornar o terceiro país a pousar no Planeta Vermelho — seguida pela União Soviética e os Estados Unidos — e o segundo a levar um rover robótico para lá.

O rover será alimentado por energia solar e terá seis rodas para se deslocar pela superfície de Marte. Assim, a ideia é que a Tianwen-1 realize um estudo global de Marte, onde irá medir a composição do solo e rochas, vai procurar sinais de água congelada e subterrânea junto de análises da magnetosfera e atmosfera marcianas. A sonda e o rover também irão observar o clima marciano e analisar a estrutura interna do planeta.

A missão Tianwen-1 é uma das três que estão a caminho de Marte: além dela, há também a missão Mars 2020 e seu rover Perseverance, dos Estados Unidos, e a sonda orbital Hope Mars, dos Emirados Árabes. As três missões foram lançadas em julho para aproveitarem o período em que Marte e a Terra estavam próximos, o que reduz o tempo da viagem, e deverão chegar ao planeta em fevereiro do ano que vem.

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Fonte: Canaltech