No último domingo (6), a taxa de contágio de coronavírus do Brasil voltou a subir, de acordo com o MRC, do Imperial College, que tem acompanhado a pandemia. Na semana anterior, a taxa de contágio foi de 0,94, mas o indicador (conhecido como Rt) subiu para 1. Isso significa, basicamente, que a velocidade de transmissão se mantém constante, o que torna ainda mais difícil o controle da epidemia.
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Desde o fim de abril, a taxa de contágio no país ficou acima de 1 por 16 semanas seguidas, mas vem oscilando nas últimas semanas: desceu abaixo de 1 em duas delas e ficou igual a 1 nas outras duas. Por outro lado, o Brasil vinha registrando 64% das infecções pelo coronavírus, e agora registra 62,3%: mais de um terços dos casos não é detectado, de acordo com os cálculos.
O Brasil é o terceiro país sul-americano com maior número de casos. Mas vale observar que não é o único submetido a uma oscilação em torno de 1 na taxa de contágio. Na América do Sul, o mesmo tem acontecido nesta semana com Paraguai (1,2), Argentina (1,17), Bolívia (1,07) e Chile e Venezuela (1,02). Essa taxa de transmissão é calculada com base no número de mortes reportadas.
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A queda da taxa R nacionalmente também é acompanhada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No entanto, esses números devem ser vistos de forma mais regionalizada para o desenvolvimento de políticas públicas. A Fiocruz comenta que a queda da taxa de transmissão demonstra que as medidas de isolamento social produziram efeito no controle da COVID-19. Nesse sentido, em São Paulo, a taxa caiu de 2,1 em 5 de abril para 0,8 em 8 de abril. Após uma nova subida, a transmissão chegou a 1,3 em 14 de abril, patamar que foi mantido até o início de junho. Na semana passada, São Paulo tinha uma taxa de transmissão de 1,1, segundo o painel da Rede CoVida.
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Fonte: Canaltech