Grandes lojas de departamento dos Estados Unidos podem, em breve, se transformarem em centros de distribuição da Amazon. É o que indicam as conversas entre a empresa de e-commerce e o Simon Property Group, uma das maiores administradoras de shoppings do país, que estaria estudando alugar os locais para que sejam usados como parte da malha logística da companhia de Jeff Bezos.
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De acordo com o jornal americano The Wall Street Journal, a ideia seria aproveitar as chamadas lojas-âncoras, com múltiplos andares e antigas donas dos maiores espaços dentro destes centros de compras, mas que deixaram de ser atrativas há algum tempo. Em uma comparação com o Brasil, seria como se os grandes supermercados ou redes de fast fashion, dentro dos shoppings, fossem substituídos por depósitos da Amazon, sem venda direta ao público, é claro.
No centro das negociações estariam espaços ocupados, ou anteriormente usados, por redes como J.C. Penney e Sears, que já foram as duas maiores lojas de departamento dos Estados Unidos. A segunda, principalmente, já foi a maior rede do tipo no país, em meados dos anos 1980 e 1990, mas registrou pedido de falência em 2018; a primeira também passa por processo semelhante, iniciado em março deste ano.
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O declínio, claro, acompanhou o fechamento de lojas, deixando administradores de shoppings com gigantescos espaços que precisariam ser adaptados para a transformação em estabelecimentos menores, já que o negócio das lojas-âncoras, nos EUA, vem decaindo cada vez mais. Um grande problema para a Simon Property Group, que teria mais de 70 locais vazios ou às margens de encerrarem suas atividades; a proposta da Amazon caiu, então, como uma luva.
Para a gigante do e-commerce, a oportunidade interessa devido à localização dos shoppings, normalmente no centro de grandes centros urbanos ou em áreas de subúrbio onde, também, estão os próprios consumidores que adotaram as vendas digitais e deixaram de frequentar as lojas âncoras. Espaços do tamanho adequado para um centro de distribuição, em tais condições, são raros e caros, com as antigas lojas de departamento unindo o que seria o melhor dos dois mundos.
Segundo a reportagem, hoje, a Amazon estaria pagando cerca de US$ 100 por metro quadrado em galpões que abrigam seus centros de distribuição nos arredores de grandes cidades; nos shoppings, os valores negociados iriam de US$ 40 a US$ 190, de acordo com a localização das unidades. Uma negociação desse tipo também não é uma novidade: em 2019, a empresa adquiriu um shopping que havia fechado as portas na cidade de Akron, no estado americano de Ohio, justamente para o transformar em um armazém.
Entretanto, nada foi confirmado até o momento. O assunto permanece na mesa de negociações e nenhuma das empresas informadas negou ou oficializou as conversas.
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Fonte: Canaltech