Em março, devido à pandemia, as atividades em Israel foram pausadas. Meses depois, o país do Oriente Médio às margens do Mar Mediterrâneo simplesmente reabriu os estabelecimentos, dando um reinício às atividades. No entanto, esse retorno à normalidade teve curta duração. Acontece que, no último domingo (12), Israel registrou 1,2 mil casos de coronavírus, atingindo assim 40.632 confirmados no total. Por sua vez, no último sábado (11), a população fez manifestações contra a falta de estratégia econômica para lidar com a crise causada pela pandemia.
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Na Cisjordânia e em Gaza, os casos aumentaram constantemente, o que levou Israel a impor de novo algumas restrições, embora ainda tenha que voltar ao lockdown. Bares, clubes e salas de eventos foram fechados, restaurantes e todas as piscinas e academias fecharam na semana passada.
De acordo com Gabi Barbash, ex-diretora geral do Ministério da Saúde de Israel e professora de epidemiologia no Instituto Weizmann (situado em Rehovot), o principal fator para a nova onda é a decisão do governo de abrir escolas e bares, com infecções surgindo entre os jovens. “Após a primeira onda, o público estava ansioso para sair e acreditar que a COVID-19 acabou”, disse Barbash. “Eles pressionaram o governo e o governo não era forte o suficiente para se opor à pressão, e foi tomada a decisão da abertura total do sistema educacional “.
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Algumas áreas não estão sendo tão afetadas, mas parece que o vírus se espalhou por todo o país. O Ministério da Saúde disse esperar que o número de pacientes sob ventilação artificial (atualmente apenas 32) chegue a simplesmente 2 mil. Com uma população de cerca de 8,6 milhões, Israel teve 365 mortes.
A reabertura de escolas e empresas foi rápida demais, segundo Siegal Sadetzki, que deixou o cargo de diretora de saúde pública de Israel na última terça-feira (7), dizendo que seus avisos foram ignorados. “Faz várias semanas que Israel perdeu o rumo para lidar com a pandemia”, escreveu ela nas redes sociais. “As conquistas ao lidar com a primeira onda (de infecções) foram canceladas pela abertura ampla e rápida da economia”, acrescentou.
O aumento de casos também aconteceu com os palestinos na Cisjordânia e Gaza, que registraram mais de 4,6 mil casos e 18 mortes. Pouco menos de 2 mil de seus casos foram relatados na primeira semana de julho. Com isso em mente, as autoridades palestinas forçaram o fechamento de todas as empresas, transporte público, mesquitas e igrejas, com exceção de farmácias, padarias e supermercados. Os políticos palestinos culpam Israel pelo aumento de casos, dizendo que trabalhadores palestinos que retornam ao território de Israel foram infectados enquanto estavam no trabalho.
Protestos em Israel
No sábado (11), milhares de israelenses realizaram uma manifestação neste sábado contra a resposta do governo do premiê Benjamin Netanyahu à crise do coronavírus, sob o argumento de que estão enfrentando dificuldades financeiras, porque os benefícios financeiros prometidos pelo governo ainda não foram pagos. O protesto em questão, que teve como ponto de encontro a Praça Rabin, no centro de Tel Aviv, foi organizado por trabalhadores independentes, pequenas empresas e grupos de artistas.
O que acontece é que os trabalhadores de carteira assinada recebem seguro desemprego enquanto estão com seus contratos de trabalho suspensos, mas os autonômos estão esperando há meses pela ajuda que o governo prometeu. Com a pandemia, a taxa de desemprego subiu para 21% em Israel.
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Fonte: Canaltech