Comportamento

Com poucos pacientes com COVID-19, China testa vacinas em outros países

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Entre os países que estão na busca por uma vacina para a pandemia da COVID-19, um grupo de cientistas chineses tem alcançado bons resultados nas etapas iniciais do projeto. Só que, agora, os pesquisadores do Grupo Nacional Biotec da China (CNBG) se depararam com um dilema e tanto para a testagem da fase três de uma potencial vacina contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Na fase três do desenvolvimento, os cientistas precisam testar se um tratamento é, de fato, eficaz na imunização das pessoas contra o patógeno. Isso significa que os pesquisadores irão observar como essa potencial vacina irá funcionar em um ambiente do mundo real, longe do laboratório e onde as pessoas podem ser, potencialmente, expostas ao coronavírus. Tudo “muito simples” desde que casos da COVID-19 estivessem aumentando na China, mas não é o caso.

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Com poucos casos ativos da COVID-19, China testa potenciais vacinas em outros países, como o Brasil e os EAU (Foto: reprodução/ Pixabay)

Faltam doentes

A China foi o primeiro epicentro do novo coronavírus do mundo, mas desde o início da pandemia até agora o país soma 83 mil casos da COVID-19, sendo 4,6 mil mortes. Com esses números, a potência econômica ocupa a vigésima primeira posição do ranking mundial da doença, segundo dados da plataforma Worldometers. Em comparação, os Estados Unidos têm, hoje, 2,4 milhões de casos e 123 mil mortes.


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Isso significa que a China conseguiu controlar, de forma eficiente, a expansão do novo coronavírus em seu território. Por outro lado, isso também aponta que o país não é mais o ambiente adequado para os testes de uma potencial vacina, já que são poucas as chances de uma pessoa ser contaminada pelo vírus.

Por isso, segundo a Reuters, os cientistas da CNBG estão, literalmente, terceirizando a pesquisa clínica da potencial vacina com testes nos Emirados Árabes Unidos (EAU), onde mais pessoas ainda estão sendo infectadas, nesse momento.

Antes dessa nova leva de testes da CNBG na EAU, o grupo desenvolveu duas potenciais vacinas experimentais e as testou em duas mil pessoas na própria China, durante as fases anteriores do projeto. Entretanto, ainda não foi especificado qual modelo de vacina será enviado para os Emirados Árabes Unidos.

Caso tenha sucesso, a terceira fase do experimento marcará o estágio final dos testes antes da aprovação da vacina para uso em massa. Além da vacina da CNBG, outros grupos farmacêuticos têm utilizado esse método para acelerar as pesquisas, como as desenvolvidas pela Moderna Inc., AstraZeneca e Johnson & Johnson, todas elas também estão na etapa três dos testes clínicos.

Outros dois grupos chineses também adotaram a prática de testar seus experimentos em outros países. São os casos da Clover Biofarmaceuticals, que realizou um teste inicial na Austrália, enquanto a Sinovac Biotech também está em fase de desenvolvimento de três experimentos no Brasil.

 

Fonte: Canaltech