No mínimo 21 e, no máximo, 23. Este é o número de jogos restantes para o término do Campeonato Gaúcho de 2020. Pois, na tentativa de convencer autoridades políticas a liberarem o restante da disputa, a Federação Gaúcha de Futebol apresentou um protocolo de segurança que envolve até a atuação da imprensa.
A ideia é que somente um repórter (que pode até ser cinegrafista também) esteja em campo durante as partidas. Ele seria, claro, da RBS TV, afiliada da Globo que detém os direitos de transmissão do torneio. Narrador e comentarista fariam a transmissão através do chamado offtube, e integrantes de emissoras de rádio, jornais, sites e demais veículos sequer teriam acesso aos estádios, sendo abastecidos por informações em canal aberto, fechado, pay per view e Globoesporte.com.
Por parte da RBS, haveria já a confirmação da veiculação de todos os jogos – são seis em cada uma das três rodadas que restam para o término do segundo turno, sendo que na última todos acontecem de forma simultânea, mais duas semifinais e uma final. Caso uma equipe que não seja o Caxias ganhe esta etapa da competição, haverá mais dois duelos para definir quem fica com o troféu.
Parece estranho que, hoje em dia, a imprensa não tenha acesso a um estádio de futebol. Mas a realidade, ao menos por agora, impõe este sacrifício. Claro que o trabalho fica prejudicado – imagina fazer uma entrevista pós-jogo por meio de videoconferência, por exemplo -, só que em primeiro lugar é preciso pensar na saúde de todos os envolvidos. Mesmo que o Rio Grande do Sul viva uma situação “privilegiada” em relação a boa parte dos demais Estados brasileiros, não se pode dar chance para o azar. Se esta é uma fórmula que pode proporcionar o retorno do Gauchão, que se dê total apoio. E que o futebol tenha novamente espaço na rotina dos cidadãos.
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Fonte: 90min
