A ferramenta de videoconferência Zoom anunciou que está desenvolvendo um sistema que permitirá bloquear usuários de acordo com a sua localização. A medida acontece dias após uma gafe do serviço, quando contas de ativistas de direitos humanos foram suspensas a pedido do governo chinês, mesmo os que estavam nos Estados Unidos e Hong Kong.
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O Zoom reconheceu o erro em seu blog oficial, destacando que as contas foram reativadas posteriormente à divulgação do bloqueio. O pedido do governo chinês usou como base o fato de videoconferências no serviço online servirem para lembrar o aniversário do Massacre da Praça da Paz Celestial, assunto proibido no país asiático.
Em seu blog, o Zoom tomou o cuidado de não mencionar nominalmente o evento, referindo-se a ele como “comemorações do 4 de junho”. A empresa informou que não foram repassadas ao governo chinês dados dos usuários nem o conteúdo da reunião.
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Aqui, não
Para evitar novas gafes, o Zoom anunciou que não aceitará mais pedidos do governo chinês que impactem usuários fora do país. Além disso, a empresa anunciará novas políticas de uso global, que serão divulgadas em seu relatório de transparência no dia 30 de junho.
Já o sistema de bloqueio regional permitirá à empresa remover ou banir participantes de acordo com a sua localização. Segundo o Zoom, o objetivo não é censurar usuários, e sim respeitar “pedidos de autoridades locais quando determinarem que uma atividade no serviço é ilegal em seu território”.
A empresa reforçou o seu respeito às leis locais dos mais de 80 países em que opera, escrevendo que espera que “os governos que criam barreiras para desconectar pessoas reconheçam que agem contra seus próprios interesses”.
Fonte: Canaltech