Para quem pensa que o WhatsApp é apenas um aplicativo de mensagens e videochamadas (e memes), já passou da hora de rever este conceito. O app registrou junto aos órgãos reguladores na Índia a intenção de “adiantar dinheiro ou crédito nos termos que possam parecer convenientes, com ou sem segurança, a clientes e outros”.
O WhatsApp já testa no país asiático um sistema de pagamentos desde 2018. A empresa esperava lançar o serviço oficialmente no final de 2019, mas não obteve as licenças de operação necessárias a tempo, segundo o site TechCrunch.
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Conceder crédito poderia ser uma fonte de renda para o aplicativo, que não possui anúncios. A empresa poderia acelerar o processo firmando parcerias com bancos locais, o que encurtaria a burocracia que atingiu o WhatsApp Pay no país.
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A Índia é o maior mercado em número de usuários para o WhatsApp, com mais de 400 milhões de pessoas, boa parte delas com acesso precário a produtos financeiros, o que oferece um grande potencial para empresas no país.
Gigantes de olho na Índia
A notícia surge em um momento curioso, um dia após o lançamento do serviço Amazon Pay Later na Índia. A novidade da loja online oferece uma linha de crédito aos usuários, voltada para compras e pagamentos de contas na gigante norte-americana.
Na semana passada, o Facebook anunciou um investimento bilionário no país, com a compra de uma participação minoritária na operadora local Reliance Jio. No comunicado anunciando a novidade, o Facebook não escondeu que uma das razões para o investimento está justamente no mercado de pagamentos digitais.
“Um foco de nossa colaboração com a Jio será a criação de novas maneiras para as pessoas e negócios operarem de forma mais eficiente no crescimento da economia digital. Por exemplo, ao integrarmos o JioMart, a iniciativa para pequenos negócios da Jio, com o poder do WhatsApp, poderemos permitir que as pessoas se conectem com negócios, façam compras e finalmente adquiram produtos por meio de uma experiência móvel de maior fluidez”, afirma a companhia.
Fonte: Canaltech
