Mais um domingo de nostalgia futebolística neste período de quarentena, hoje relembrando e ‘revivendo’ a épica final da Copa do Mundo de 1994 entre Brasil e Itália, o tão sonhado Tetra, o título que contrariou muitos prognósticos negativos e encerrou um jejum de 24 anos. A partir das 16h deste domingo (26), a Rede Globo retransmitirá a nervosa decisão e, como prévia, nós da 90min preparamos este artigo especial: 5 momentos em que o Tetra parecia ter ficado distante, mas que acabaram se provando essenciais para a conquista. Confira:
Brasil x Uruguai de 1993
Como um confronto disputado tantos meses antes do Mundial seria um ‘divisor de águas’ tão grande para uma Seleção? Bem, o Brasil x Uruguai do dia 19 de setembro de 1993 teve esse peso histórico, por diversos fatores. Em primeiro lugar, uma derrota significaria perda da vaga à Copa. Mas para além da categórica vitória do Brasil por 2 a 0, o contexto é o mais importante: era a reestreia de Romário pela Seleção, após meses de ausência, em um Maracanã lotado. A grande exibição do Baixinho e o passaporte carimbado de forma categórica foram fundamentais moralmente para que a Canarinho chegasse ‘de peito estufado’ nos EUA.
As lesões dos ‘Ricardos’ e ascensão de Aldair
Quem se lembra da Copa impecável realizada pelo camisa 13, Aldair, chega a duvidar de que o zagueiro era uma das ‘últimas opções’ do setor para a disputa da competição. Um mês antes do torneio, ele sequer figurava no grupo de Carlos Alberto Parreira: foi convocado a primeira vez em 22 de maio de 1994 para preencher a lacuna deixada por Mozer, cortado dos planos por conta de uma hepatite. Em seguida, subiu uma posição na hierarquia do setor após contusão (estiramento) sofrido por Ricardo Gomes antes do Mundial. Na estreia da Seleção na Copa, foi a vez de Ricardo Rocha se lesionar, cabendo a Aldair a missão de atuar com Márcio Santos.
Raí por Mazinho: uma troca arriscada
Considerado o grande craque do grupo, dono da camisa 10 e da braçadeira de capitão, Raí não correspondeu em campo o seu status. Com atuações apagadas/ruins na fase de grupo, o meia, que aparentava chegar ao Mundial em grande forma, acabou ‘barrado’ por Parreira. A decisão de colocar o camisa 10 do time no banco de reservas já era arrojada por si só, mas gerou ainda mais burburinho pela escolha do substituto: Mazinho. Versátil, disciplinado e tático, no lugar de quem teoricamente agregava a ‘arte’ ao time. Questionada, a escolha se provou acertada.
A expulsão de Leonardo contra os EUA (…)
4 de julho de 1994. O Brasil enfrentava os anfitriões, a Seleção dos Estados Unidos, em duelo válido pelas oitavas de final do Mundial. A partida ainda estava em seu primeiro tempo, quando tudo parecia que iria ‘água abaixo’ para a Seleção Brasileira: em um ato de raiva e destempero, Leonardo agrediu Tab Ramos com uma forte cotovelada, reação após ter sua camisa puxada pelo adversário na jogada. Como a Canarinho aguentaria quase 70 minutos de partida com um atleta a menos em campo?
(…) E a entrada de Branco nas quartas
Bem, como todos nós sabemos, a Seleção aguentou a inferioridade numérica e a pressão dos donos da casa e venceu os Estados Unidos por 1 a 0, avançando às quartas. O escolhido por Parreira para assumir a vaga de Leonardo foi Branco, o ‘predestinado’. O duelo contra a equipe holandesa estava duríssimo, 2 a 2, caminhando para sua reta final, quando o destino mais uma vez atuou de forma favorável à Seleção Brasileira. De reserva a titular por conta de um cartão vermelho, Branco faria o gol da vitória, um golaço ‘sobrenatural’ de falta que sacramentou o 3 a 2 suado contra a Laranja. O resto é história.
Fonte: 90min