Não é preciso voltar muito no tempo. Em 2013, por exemplo, se via o Independiente Santa Fe eliminar o Grêmio nas oitavas de final da Libertadores. Três anos depois, o Atlético Nacional de Medellín passava por cima do São Paulo na semifinal e se qualificava para, ali na frente, conquistar o título. Pois agora o futebol colombiano, de Falcao García, James Rodríguez e companhia, fracassa na principal competição do continente.
Ainda na etapa preliminar, o país que há pouco se apresentava como uma força emergente da América do Sul, a brigar de igual para igual com gigantes de Brasil e Argentina, acompanhou o Tolima cair diante do Internacional sem apresentar muita competitividade. Agora, em duas rodadas da fase de grupos, seus três representantes, juntos, conquistaram apenas três dos 18 pontos possíveis. Na Chave A, o Junior Barranquilla levou 2 a 1 do Flamengo, diante de seu torcedor, e 3 a 0 do Independiente del Valle-EQU, fora. Na E, o América de Cali, depois de tomar de 2 a 0 do Grêmio em casa, até conseguiu se recuperar longe de seus domínios (triunfo por 2 a 1), mas é bem verdade que pegou um cambaleante e desfalcado Universidad Católica-CHI. Por fim, na H, o Independiente Medellín caiu diante de Libertad-PAR (2 a 1, em casa) e Boca Juniors-ARG (3 a 0, na Bombonera).
Ou seja, no momento tudo indica que o trio possa alcançar, no máximo, a terceira colocação de seus respectivos grupos, lutando contra rivais menos qualificados (Barcelona de Guayaquil-EQU, Caracas-VEN) e vislumbrando uma ida à Copa Sul-Americana como prêmio de consolação. Na Colômbia, a imprensa já fala em uma participação “desastrosa” e “humilhante” das equipes, sendo esta um reflexo do nível de futebol apresentado no campeonato local. É quase um consenso interno entre os analistas de que as equipes estão tomando um choque de realidade, tendo a premente necessidade de olhar para o seu umbigo, potencializar suas virtudes, investir em talentos e deixar de lado uma certa soberba que tomou conta de dirigentes e, até mesmo, atletas. Falta projeto, justamente para evitar “surpresas” (para alguns) desagradáveis, como o que acontece na atual Libertadores.
Fonte: 90min