Quanto mais se revela, mais vai ficando complicada a história envolvendo Ronaldinho Gaúcho e Assis, seu irmão, no Paraguai. Depois de uma detenção inesperada e a expectativa de uma soltura breve, o caso tomou novo rumo com a ação da promotoria. A decisão de momento é de que ambos ficarão presos preventivamente por dez dias. Mas o panorama pode até piorar.
Em entrevista concedida ao site GloboEsporte, o novo responsável pelo processo, promotor Osmar Legal, destacou que a acusação de documentos falsos talvez não seja o único crime pelo qual a dupla será imputada. De acordo com o acusador, a investigação ainda está em curso e pode levar a outras ilegalidades:
“Eles estão sendo processados por uso de documentos de conteúdo falso. O passaporte que eles utilizaram para entrar no Paraguai foi emitido por autoridades legais, mas os dados contidos nos documentos foram adulterados. A acusação contra eles é pela utilização desses documentos. Essa investigação ainda está no início e podem haver outros atos criminosos que envolvam o Ronaldo e o Assis. É importante que eles sigam aqui no Paraguai durante esse processo“, explicou.
Ainda durante a conversa com o veículo brasileiro, Osmar Legal esclareceu outros pontos, como a utilização de algemas no ato da prisão de ambos:
“Pessoalmente, eu não vejo como necessário o uso de algemas, em casos de presos que não demonstrem perigo real ou risco de fuga. Mas isso é uma prerrogativa do juiz do caso“, opinou, para depois concluir sobre as particularidades do processo em questão:
“É importante saber que o Ronaldinho é um ídolo mundial e provoca comoção por onde passa. Nesses últimos dias, multidões fizeram filas para conseguir uma foto ou um autógrafo. E isso também acontece dentro do sistema de Justiça, que nem sempre funciona com a frieza que deveria funcionar. A Lei deve ser igual para todos, seja Ronaldinho ou qualquer outro cidadão. Ele é uma pessoa muito querida, mas nós precisamos fazer o nosso trabalho como se fosse uma pessoa qualquer“, disse o promotor por fim.
Enquanto não se define a situação, o ex-camisa 10 e seu irmão seguem na sede da força policial conhecida como Agrupación Especializada, em Assunção.
Fonte: 90min