“Quem não arrisca não petisca”. Sim, um ditado para lá de antigo, mas que continua fazendo todo sentido. Para muitos, a palavra risco tem uma conotação ruim. Mas quem vê o lado positivo da expressão e sabe lidar com o mesmo possui grande chance de se dar bem. E foi o que o Internacional fez.
A falta de melhores condições financeiras não impediu o clube de mudar sua política de futebol. Se até 2019 a direção evitava contratações de longo prazo, que demandam, por óbvio, investimento de maior vulto, em 2020 isso se alterou. O Colorado, sob o comando do presidente Marcelo Medeiros, abriu mão de nomes como Guilherme Parede, Neilton, Wellington Silva, que estavam no Beira-Rio por empréstimo, e resolveu apostar em soluções definitivas.
Foi ao mercado e comprou o meia Gabriel Boschilla e o atacante Marcos Guilherme, dois jovens que ainda têm muito futebol por jogar. Sim, o Inter firmou vínculos longos com ambos, até o final de 2022, vendo na dupla a solução de antigos problemas. Na última quarta-feira, já se viu a importância de ambos na partida que classificou o time à terceira fase da Libertadores da América. Claro, ninguém tem bola de cristal para garantir que, daqui em diante, o rendimento seguirá crescendo. Só que o caminho para o sucesso é muito mais fácil quando se aposta em nomes de convicção do que quando se vai atrás de atletas somente levando em conta o seu custo. Às vezes, arriscar não faz mal. Pelo contrário. Se sabendo quais pontos atacar e até onde se pode ir, o risco se transforma em resultado. E, na maioria dos casos, em resultado positivo.
Fonte: 90min