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Você sabia? Bebês têm quase 100 ossos a mais que adultos!

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Você sabia? Bebês têm quase 100 ossos a mais que adultos! - 1

Os ossos existem no corpo humano para dar estrutura à massa corporal e, sem eles, nós seríamos apenas um grande pedaço de carne molenga. No entanto, ao contrário do que você deve imaginar, os ossos não param de se modificar quando deixamos de crescer, de acordo com Erin Waxenbaum, professora-assistente de antropologia da Universidade Northwestern.

A especialista, que estuda osteologia humana há mais de uma década, conta que os ossos não são estáticos e estão evoluindo constantemente, e que isso começa muito antes de nascermos.

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Imagem: Reprodução

Ela aproveita para revelar algumas curiosidades sobre os ossos do corpo humano, veja quais são:


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Bebês têm mais ossos que adultos, e alguns adultos podem ter ossos extras

Waxenbaum revela que bebês têm mais ossos que humanos adultos, que totalizam 206. “A maioria extrema de ossos em nosso corpo adulto não aparentam ser o que eram quando recém-nascido ou criança”, conta.

Recém-nascidos podem chegar a ter até mais de 300 ossos distintos, quase 100 a mais do que temos na vida adulta. Você deve estar se perguntando o que acontece com esses ossos, certo? A especialista explica que eles não se dissolvem ou simplesmente desaparecem, mas sim se fundem durante o desenvolvimento.

Antes de serem fundidos, os ossos de uma criança não têm a mistura ideal de colágeno e cálcio para estarem “prontos”, mas sim muita cartilagem flexível. É por isso, portanto, que os bebês conseguem se movimentar e ficar apertados dentro do útero sem se machucar. O processo de ossificação da cartilagem acontece a partir da primeira respiração do bebê fora da barriga.

Em relação ao crânio, as peças do topo são unidas por seis áreas diferentes de tecidos chamadas fontanelas, a famosa moleira, que se fecha originando um crânio completo a partir de um ano de idade. O final da fusão de todos os ossos tende a acabar no início da puberdade, com alguns sendo evoluídos de forma mais devagar, como a clavícula, que pode não se formar completamente até meados dos vinte anos.

No entanto, o número 206 não é exato para todas as pessoas, visto que algumas podem ser ossos que não chegaram a se fundir, ou apenas alguns ossos extras. Além disso, cerca de 10% dos adultos possuem uma vértebra extra no final da espinha, que normalmente não causa desconforto e que pode ser diagnosticado através de um raio-x ou ressonância magnética. Os dentes não fazem parte da contagem de ossos, pois são feitos de esmalte e dentina, materiais muito mais resistentes.

Esses ossos extras, que podem ser chamados de “ossos acessórios”, podem surgir ocasionalmente nas mãos, pulsos, pés, tornozelos ou pescoços, e acabam se juntando com os tendões. Algumas formações acontecem como herança genética, enquanto outras se formam em áreas de articulação que passam por tensões com frequência. A especialista revela ainda que a patela (antiga rótula), que todo mundo tem, é um osso sesamoide: bebês não possuem esse osso no joelho, que se forma e se desenvolve durante a infância.

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Os ossos humanos não param de se renovar

Waxenbaum conta também que os ossos não são apenas grandes massas estáticas de cálcio e proteína, mas sim bastante ativos. Conforme vamos envelhecendo, o estresse aplicado nos ossos podem causar a deterioração com o passar do tempo, fazendo então com que o corpo entre num processo chamado remodelação de ossos.

Essa operação é controlada pelos osteócitos, que enviam sinais a dois tipos de células que fazem o “trabalho pesado”. Os osteoclastos, então, usam enzimas que quebram o tecido antigo e enviam seus componentes à corrente sanguínea através da reabsorção. São os osteoblastos, então, que fazem o depósito do tecido fresco para a remodelação. Isso acontece a cada quatro ou cinco meses, ou seja, nosso esqueleto está sempre ativo. Quanto mais ativa for a pessoa, mais frequente é o processo e mais fortes os ossos ficam.

Alguns ossos quebrados se recuperam mais rápido que outros

A cientista explica que os ossos da parte inferior do corpo, principalmente aqueles localizados entre as pernas e os pés, podem demorar um pouco mais para a cicatrização completa por terem mais peso e serem mais difíceis de imobilizar. Waxenbaum diz ainda que, após fraturar um osso, há pouca probabilidade que ele seja quebrado de novo, mesmo que a cicatrização gere uma protuberância em volta da fratura. Ela diz que essa característica não garante a proteção.

Agora, fica a pergunta: já estão imprimindo pele por aí. Quanto tempo será que ainda falta para que cientistas consigam imprimir ossos?

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Fonte: Canaltech