A delicada situação financeira vivida pelo Cruzeiro em 2020 tem demandado reformulações drásticas e cortes de gastos consideráveis, essenciais para que o clube se mantenha. Por se tratar de um cenário estrutural e institucional, todos os setores celestes foram atingidos, em menor ou maior proporção. O futebol feminino, que conquistou bons resultados com seu time principal em 2019, não conseguiu passar ileso.
Em primeiro lugar, o futebol feminino não terá mais uma ‘pasta administrativa’ individual no clube, passando a ser gerenciado pelo mesmo dirigente responsável pelo futebol de base, Ricardo Drubscky. A perda de autonomia administrativa da modalidade é bastante nociva, tendo em vista que suas demandas são bem distintas/específicas, se comparadas ao que existe em termos de categoria de base no futebol masculina.
Tem coisas que acontecem e a gente não pode deixar por acontecidas sem fazer nada. O Cruzeiro encerrar as atividades da categoria de base do futebol feminino é ABSURDO. É destruir na raiz o futuro da categoria no clube.#PelaBaseDoCruzeiro #PelasMeninasDoCruzeiro
— Futebol Feminino do Cruzeiro (@Cec_feminino) January 11, 2020
Além disso, o clube já confirmou que sua única categoria de base feminina, o Sub-18, deixará de existir em 2020. Algumas meninas serão aproveitadas e incorporadas ao time profissional, o que passa longe de ser o melhor dos mundos, pois cria uma defasagem no processo de formação daquela atleta. Além de ser um redirecionamento de curso às jogadoras que faziam parte do projeto, é um ‘freio’ para tantas meninas que, empolgadas pelo de crescimento da modalidade no geral, estariam interessadas em começar a jogar bola na Raposa em 2020.
Fonte: 90min