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Entrada do salão do Castelo de Shuri estava fechada no momento do fogo

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Reuters/KYODO/Direitos Reservados

A polícia da província de Okinawa, no sul do Japão, disse à NHK que a entrada do salão principal do Castelo de Shuri foi encontrada fechada logo após o fogo ter começado.

Acredita-se que o fogo tenha tido início no salão principal na quinta-feira (31) de madrugada. Ele foi extinto 11 horas depois, mas a maior parte das principais construções do castelo havia sido destruída.

A polícia disse que um sensor instalado na parte norte do salão principal detectou uma anormalidade e enviou um alerta. Um guarda da segurança correu ao local e descobriu a entrada fechada. A polícia disse que o guarda destravou a entrada, entrou no salão e já o encontrou cheio de fumaça.

Soube-se, também, que até uma hora antes do fogo ter iniciado, havia trabalhadores fazendo preparativos para um evento no pátio central, em frente do salão principal.

O Castelo de Shuri foi construído cerca de 500 anos atrás, mas foi destruído na Batalha de Okinawa no fim da Segunda Guerra Mundial. O salão principal e outros prédios foram reconstruídos posteriormente.

As ruínas do castelo original são registradas como Patrimônio Mundial da Unesco, mas os prédios restaurados não são.

O governo central está considerando acrescentar fundos em um orçamento suplementar do atual ano fiscal para fornecer apoio às obras de restauração.

Unesco

Em entrevista para a NHK em Paris, logo depois do desastre, Mechtild Rossler, diretora do Centro de Patrimônio Mundial da Unesco, manifestou seu choque ao ver outro incêndio em um local pertencente à lista de patrimônios mundiais.

Rossler disse que o Castelo de Shuri é um monumento simbólico para o povo do Japão e de Okinawa, manifestando sua tristeza pela perda.

A diretora disse que está pronta para enviar uma equipe de especialistas, caso o governo japonês faça a solicitação. Ela se referiu à reconstrução, ora em andamento, de um local em Uganda, que fora incendiado em 2010, como um exemplo do trabalho que está sendo realizado neste setor.

Rossler também disse que contatou as autoridades japonesas e especialistas da UNESCO de forma a realizar um encontro na próxima semana.

A autoridade da agência das Nações Unidas também disse que o incêndio não afetaria o registro do sítio na lista de patrimônios mundiais, uma vez que o castelo é somente um dos nove componentes históricos do local.

Fonte: Agência Brasil